27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12c - Hanseniase |
24379 - PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HANSENIASE EM MENORES DE 15 ANOS EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA- GOIÁS TAMÍRIS AUGUSTO MARINHO - IFG (INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS), PATRÍCIA SILVA NUNES - IFG (INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS), RODRIGO FARIA DORNELAS - UFG (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS), FERNANDA LETÍCIA DA SILVA CAMPANATI - IFG (INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS), DÉBORAH FERREIRA NORONHA DE CASTRO ROCHA - UFG (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS)
Apresentação/Introdução A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução lenta causada pelo M. leprae. Sua ocorrência em crianças e adolescentes especialmente em menores de quinze anos é um importante indicador de transmissão e endemicidade, por sugerir presença de infecção ativa na população. Os sinais clínicos são de difícil diagnóstico na infância corroborando para o elevado número de crianças com deformidades.
Objetivos Analisar o perfil clínico e epidemiológico dos casos de hanseníase em menores de 15 anos em um município da região metropolitana de Goiânia-GO, entre os anos de 2009 e 2011.
Metodologia Estudo epidemiológico, descritivo, realizado em um município da região metropolitana de Goiânia - Goiás, com casos confirmados de hanseníase notificados em menores de quinze anos entre 2009 e 2011. O coeficiente de detecção da doença foi calculado usando o número de casos em menores de quinze anos dividido pela população correspondente vezes 100.000. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informações de Agravos de Notificação - SINAN/GO. As variáveis estudadas foram as sociodemográficas, perfil clínico e laboratorial. A análise foi realizada pelo programa Excel2010, e os resultados expressos em índices e percentuais.
Resultados Foram notificados e confirmados no período 37 casos o que representou 6% do total de casos novos notificados na população geral entre os anos de 2009 e 2011. Os Coeficientes de Detecção de casos em menores de 15 anos foram: 4,23/100mil em 2009, sendo classificado como índice alto, 16,94/100mil em 2010 considerado índice Hiperendêmico e 8,47/100mil classificado como índice Muito Alto em 2011. Houve maior incidência no sexo masculino (54%). Quanto ao número de lesões 80% apresentavam entre 1 e 5 lesões e 48% dos casos possuíam de 1 a 3 nervos afetados. A forma mais encontrada foi a Dimorfa (88%) e classificação multibacilar (92%); já o grau de incapacidade foi de 0 em sua grande maioria (84%).
Conclusões/Considerações O coeficiente de detecção dos casos no município estudado oscila entre índice alto e hiperendêmico, com predomínio da forma multibacilar que possui alta infectividade, refletindo a magnitude da doença, uma vez que casos em menores de 15 anos indicam transmissão recente da infecção. Ações de vigilância devem intensificadas no município incluindo a capacitação dos profissionais da saúde para o reconhecimento e encaminhamento dos casos suspeitos.
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