29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12j - HIV/AIDS e co-infecção TB/HIV |
27300 - ANÁLISE DOS CASOS DE AIDS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COM USO DE RELACIONAMENTO PROBABILÍSTICO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, 2000 A 2011. GABRIELA FONTE PESSANHA - UFRJ, RAULINO SABINO DA SILVA - FIOCRUZ, JUREMA CORRÊA DA MOTA - FIOCRUZ, DENISE PIRES - SES-RJ
Apresentação/Introdução A Vigilância Epidemiológica do HIV/AIDS baseia-se principalmente na notificação de casos como fonte de dados, valendo-se dessa informação para o planejamento de atividades de prevenção e assistência. Portanto, é evidente a potencialidade do SINAN como fonte de informação, mas trata-se de um sistema que ainda dispõe de atraso na notificação de casos, subnotificação e duplicidades.
Objetivos O objetivo deste estudo foi analisar a cobertura dos casos de AIDS em residentes do Estado do Rio de Janeiro, 2000 a 2011, analisar a incidência de AIDS e a completitude de variáveis sócio-demográficas antes e após o relacionamento das bases de dados
Metodologia A metodologia de relacionamento de bases de dados, consiste em procedimentos que vão desde a remoção de duplicidades de registros até a linkagem para redução da subnumeração dos casos e identificação de registrados em uma ou outra base.
Foi calculada a variação percentual entre os casos registrados somente no SINAN e a totalidade de casos após a metodologia de relacionamento das bases de dados, assim como a cobertura dos casos de AIDS para todo o período de 2000 a 2011. Posteriormente, tanto no SINAN quanto na base de dados final, foram calculadas a cobertura e as taxas brutas de incidência, por 100.000 habitantes, para os anos de 2000, 2005 e 2010 segundo porte populacional
Resultados A variação percentual de casos antes e depois da correção apresentou aumento ao longo do período, iniciando em 9,0% em 2000 e chegando a 57,7% em 2011, mostrando um acentuado decréscimo na cobertura do SINAN para o Estado do Rio de Janeiro, de 91,0% em 2000 para 42,3% em 2011.
Em 2000, os municípios com porte populacional acima de 100.000 habitantes tiveram uma cobertura do SINAN de 91,9%, percentual superior aos municípios de menor porte (86,5%). Este padrão se inverte nos anos subsequentes, pois em 2005, os municípios de menor porte (menos de 50.000 habitantes) passaram a contar com maior cobertura do SINAN (78,1%) em comparação aos municípios com mais de 100.000 habitantes (65,9%).
Conclusões/Considerações A característica primordial que se deseja de um sistema de informação é que possa refletir, de forma mais fidedigna o possível, a verdadeira situação de saúde. Neste ponto, os aspectos de boa cobertura e qualidade dos dados são fundamentais. Todo sistema de informação deveria ter, em si, verdadeira dimensão da magnitude, evolução temporal e característica sócio-demográfica para que se possa ter uma vigilância eficiente e informações de boa qualidade
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