Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12j - HIV/AIDS e co-infecção TB/HIV

25200 - CHANCES DE ABANDONO DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE ENTRE OS CASOS DE COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV
AGUINALDO JOSÉ DE ARAÚJO - UEPB, PEDRO VICTOR FARIAS DO NASCIMENTO - UEPB, ALINE DE PAULA RÊGO GRACIANO LUZ - UEPB, ROSIANE DAVINA DA SILVA - UEPB, TALINA CARLA DA SILVA - USP, TANIA MARIA RIBEIRO MONTEIRO DE FIGUEIREDO - UEPB

Apresentação/Introdução
As pessoas que vivem com HIV/Aids são mais vulneráveis ao adoecimento por tuberculose e a não adesão ao tratamento, constituindo um grande desafio para os órgãos de controle da doença.


Objetivos
Investigar a razão de chances de abandono do tratamento da tuberculose nos casos de coinfecção tuberculose/HIV.


Metodologia
Estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa, realizado no estado da Paraíba-Brasil. A população do estudo compreendeu todos os casos de tuberculose sem confirmação para o HIV que obtiveram cura ou abandono como situação de encerramento do tratamento da tuberculose e todos os casos de coinfecção tuberculose-HIV que também obtiveram cura ou abandono no encerramento do tratamento da tubeculose. Todos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba, no período de 2013 a 2015. Foram obtidos os valores das distribuições de frequências absolutas e relativas, bem como, aplicou-se o teste de Odds Rattio.


Resultados
Foram analisados 2759 casos de tuberculose sem confirmação para o HIV e 253 casos de coinfecção tuberculose/HIV. Em relação aos doentes de tuberculose, 61% (n: 2259) dos casos obtiveram a cura e 13% (n: 500) abandonaram o tratamento. Quanto aos coinfectados tuberculose/HIV, 42% (n: 159) dos casos alcançaram a cura e 24% (n: 94) abandonaram o tratamento. Ao aplicar o teste de Odds Rattio, observou-se que os sujeitos coinfectados apresentaram 2,6 mais chances de abandonar o tratamento da tuberculose do que alcançar a cura, comparados aos casos de tuberculose sem confirmação para o HIV.


Conclusões/Considerações
Os sujeitos coinfectados necessitam de uma maior atenção dos gestores e profissionais de saúde na otimização e desenvolvimento de estratégias que visem a adesão ao tratamento e diminuição das taxas de abandono, visto que o abandono do tratamento da tuberculose favorece o aumento do número de óbitos, multirresistência aos fármacos e perpetuação do ciclo da doença.

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