29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12j - HIV/AIDS e co-infecção TB/HIV |
25043 - CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE GESTANTES COM HIV NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS NO CEARÁ. LÉA MARIA MOURA BARROSO DIÓGENES - UNIFOR/SESA, TELMA ALVES MARTINS - SESA, ANA NETA ALVES - SESA, NADJA MARIA PEREIRA DE DEUS SILVA - SESA, DANIELLE MARTINS RABELO GURGEL - SESA, LOUANNE AIRES PEREIRA - SESA, ANUZIA LOPES SAUNDERS - SESA, SHEILA MARIA SANTIAGO BORGES - SESA, DANIELLE TEIXEIRA QUEIROZ - UNIFOR/SMS, ANA LUIZA ARAÚJO DE SOUZA - UNIFOR
Apresentação/Introdução A presença de HIV na gravidez coloca diversos desafios à gestante e a sua família, onde os esforços visam à prevenção da transmissão vertical (TV) do vírus. A adesão ao tratamento antirretroviral durante esse período é a principal medida para o inibição da infecção mãe-feto. Conhecer os aspectos clínicos de gestantes com HIV ajuda compreender com estão estas ações e melhorar as políticas públicas.
Objetivos Analisar as características clínicas de gestantes com HIV no Ceará, quanto ao período da evidência laboratorial do HIV, se fez pré-natal, uso de antirretrovirais para profilaxia no pré-natal, parto e na criança e tipo de parto.
Metodologia Estudo descritivo e retrospectivo, realizado em setembro de 2017 na Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), em Fortaleza-Ceará. A amostra foi de 1118 gestantes com HIV registradas na ficha do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN) de 2012 a 2016, no Ceará. Analisou-se a frequência das variáveis: evidência laboratorial do HIV, pré-natal, uso de antirretrovirais para profilaxia e tipo de parto. Foram obedecidos os aspectos éticos contidos na Resolução Nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde e foi aprovada sob o número de parecer: 1.939.385.
Resultados Das 1.118 gestantes com HIV notificadas, identificou-se que a maioria, 541 (48,4%), a evidência laboratorial do HIV foi durante o pré-natal, 407(36,4%), antes do pré-natal, 138 (12,3%) durante o parto e 16 (1,4%) após o parto, 1004 (89,8%) gestantes fizeram pré-natal, porém 72 (6,4%) não fizeram. O uso do anti-retroviral no pré-natal foi feito por 716 (64%) gestantes, 216 (19,3%) não fizeram. A cesária eletiva foi identificada na maioria, 537 (48%), seguido do vaginal 151 (13,5%) e de urgência 108 (9,7%). A profilaxia no parto ocorreu em 718 (64,2%) gestantes e 131 (11,7%) não fizeram. A profilaxia da criança nas primeiras 24 horas foi feita em 751 (67,2%) e em 19 (1,7%) não foi realizada.
Conclusões/Considerações Evidenciou-se que a maioria das gestantes teve acesso ao pré-natal e a profilaxia para prevenção da TV do HIV na gestação, parto e ainda na criança. No entanto, foi observado casos de gestantes sem realizar teste de HIV oportunamente, sem fazer pré-natal e sem receber a profilaxia, fato que pode contribuir para a transmissão do HIV mãe-filho. Sugere-se melhoria das ações para redução de casos, voltadas para acesso ao pré-natal e tratamento.
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