29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12j - HIV/AIDS e co-infecção TB/HIV |
24530 - A MORTALIDADE DA AIDS NO NORTE BRASILEIRO: UMA LEITURA DA REALIDADE DA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA NO BAIXO AMAZONAS. SABRINA DE OLIVEIRA GAMA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ, HELOÍSA DO NASCIMENTO DE MOURA MENESES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ
Apresentação/Introdução A AIDS (sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença que debilita o sistema imunológico e é responsável por diversas doenças relacionadas. Comumente vista como masculinizada e antes predominante em centros urbanos, a AIDS hoje se direciona cada vez mais para o interior dos estados, com uma alta prevalência em cidades menores.
Objetivos Avaliar a taxa de mortalidade de AIDS na região do Baixo Amazonas (Pará, Brasil) no ano de 2015 e descrever o perfil socioeconômico dos pacientes atendidos nos hospitais da região.
Metodologia Foi realizado um estudo descritivo e quantitativo a partir de dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do DATASUS. Os dados foram coletados em fevereiro de 2018. Foi calculada a taxa de mortalidade por AIDS, no ano de 2015, na região do Baixo Amazonas (Pará, Brasil). O Baixo Amazonas é formado por 14 municípios, entre eles Santarém, cujo hospital municipal atende às comunidades da região de planalto, várzea e dos rios Amazonas e Tapajós. Foi realizada uma análise descritiva do perfil dos pacientes em relação à idade, sexo, raça, escolaridade e estado civil. Além do perfil, foi verificada a distribuição de frequência de ocorrência da doença em função do município de residência.
Resultados No ano de 2015, foram registrados 42 óbitos causados pela AIDS na região do Baixo Amazonas, com uma taxa de mortalidade de 5,1/1000 habitantes. A ocorrência maior de óbitos foi em Santarém, com 24 óbitos (57,14%), enquanto os municípios Belterra, Juruti e Oriximiná registraram 3 óbitos no máximo. Quanto ao sexo, dos 42 óbitos registrados, 29 eram de homens (69%) e 13 eram mulheres (31%). A cor predominante declarada no atestado de óbito foi a parda (83,33%), seguida da cor branca (12%). Observou-se também que a maioria dos indivíduos que foram a óbito em função das consequências da AIDS possuía de 8 a 11 anos de estudo (33%) e eram solteiros(as) (61%).
Conclusões/Considerações A taxa de mortalidade por AIDS na região do Baixo Amazonas é alta em comparação com outros municípios da região Norte. O perfil encontrado é semelhante ao descrito para outras populações, visto que, apesar da feminização da AIDS, a maior taxa de mortalidade ainda é masculina. Sendo assim, através destes resultados será possível planejar ações de educação em saúde e intervenções voltadas para a promoção de saúde da população do Baixo Amazonas.
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