29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12j - HIV/AIDS e co-infecção TB/HIV |
22329 - PERFIL DOS PACIENTES COINFECTADOS COM TUBERCULOSE E HIV EM CAPITAL DO SUL DO PAÍS.
MERARI GOMES DE SOUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, HEBERTO JOSÉ CHONG NETO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, KARIN REGINA LUHM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, ELAINE CRISTINA VIEIRA DE OLIVEIRA - SECRETARIA DE ESTADUAL DA SÁUDE DO PARANÁ, CLÉIA ELISA LOPES RIBEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CURITIBA
Apresentação/Introdução
A coinfecção tuberculose (TB) e infecção pelo HIV destaca-se como problema de saúde pública, influenciando no cenário epidemiológico de ambos os agravos. Entre as doenças infecciosas a TB é a principal causa associada ao óbito por aids. Em 2015 Curitiba notificou 376 casos novos de pacientes com diagnóstico de TB, sendo que 82 eram portadores de HIV o que corresponde a 23,3% de coinfecção TB/HIV.
Objetivos
Descrever as características sociodemográficas e clinico-epidemiológicas dos casos novos de tuberculose com coinfecção pelo HIV notificados no município de Curitiba, Paraná no período de 2011 a 2015.
Metodologia
Estudo de coorte não concorrente. A população consistiu-se de casos novos de pacientes com diagnóstico de coinfecção TB/HIV residentes em Curitiba, notificados nos anos de 2011 a 2015. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro a julho de 2017 utilizando banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SICEL), do Sistema de Controle de Logística de Medicamento (SICLON), além do prontuário eletrônico da rede municipal de Curitiba. Foram descritas características sociodemográficas e clínico-epidemiológicas.
Resultados
Estudo com 329 pacientes, sendo 70,8% homens. Houve predomínio da cor branca 219 (66,6%); a idade média foi de 39 e a faixa etária prevalente de 30 a 39 anos. Dos 219 (66,6%) casos com escolaridade informada 97,7% estudaram até o ensino fundamental. As formas extrapulmonar e mista representaram 47,8% dos casos; 76,6% usaram terapia antirretroviral (TARV); 59,9% foram notificados por hospitais e serviços de emergência. Em relação ao desfecho do tratamento, houve um percentual elevado de abandono 16,4% e letalidade 22,8%. Na análise multivariada, a notificação por hospital ou serviço de emergência (ÓR=2,51) e o não uso de TARV (OR= 2,91) mostraram associação positiva com o desfecho (< 0, 001).
Conclusões/Considerações
O perfil sociodemográfico dos doentes estudados coincide com os achados na literatura, com predomínio de homens em idade produtiva, de baixa escolaridade. A maioria dos casos utilizou TARV e o local de notificação mais frequente foi os hospitais e serviços de pronto atendimento, sugerindo diagnóstico tardio. A cura foi baixa entre os coinfectados com elevado percentual de abandono e letalidade dentre os que não usaram TARV.
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