28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12f - Educação, assistência e cuidado em doenças transmissíveis |
23465 - REPRESENTAÇÕES DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE ACERCA DO ACONSELHAMENTO EM HIV/AIDS E SÍFILIS NO PRÉ-NATAL ALEXIS PEREIRA - USP, CRISTAL MARINHO CORRÊA - UFMG, MARINA CELLY MARTINS RIBEIRO DE SOUZA - UFMG, JAQUELINE GUIMARÃES ALMEIDA BARBOSA - UFMG, CAROLINA MARQUES BORGES - UFMG
Apresentação/Introdução O aconselhamento em HIV/AIDS e Sífilis no pré-natal constitui-se uma importante estratégia de prevenção, diálogo e apoio emocional às gestantes e faz parte das recomendações da Organização Mundial de Saúde com o objetivo de eliminar a transmissão vertical do HIV até 2020 e da sífilis até 2030.
Objetivos Analisar as representações sociais dos profissionais da atenção primária à saúde acerca do aconselhamento em HIV/AIDS e sífilis às gestantes.
Metodologia Pesquisa qualitativa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais. A pesquisa foi realizada no município de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Brasil. Participaram do estudo 3 médicos e 10 enfermeiros que lidam com ações de controle de HIV/AIDS e sífilis no âmbito da Estratégia Saúde da Família do município. Os dados foram coletados por meio de entrevistas abertas. A coleta de dados teve início em junho e término julho de 2015. O encerramento da coleta se deu por critério de saturação de dados. Foram transcritas na íntegra e os dados analisados por meio da Análise de Conteúdo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética em Pesquisa da Universidade José do Rosário Vellano, Parecer nº 90926.
Resultados A partir da análise emergiram duas categorias empíricas: 1) Representações sobre o aconselhamento em Sífilis e HIV/AIDS; 2) Representações sobre a prevenção de IST/ HIV/AIDS. Constatou-se nas representações dos profissionais o reconhecimento da importância da prevenção para a eliminação da transmissão vertical do HIV/AIDS e Sífilis. No entanto, evidenciam dificuldades que enfrentam no cotidiano para o desempenho da práticade aconselhamento, dentre elas: a inexperiência e falta de capacitações para a adequada abordagem do aconselhamento e o pudor em lidar com aspectos psicossociais e emocionais inerentes à temática da sexualidade, comportamento e relacionamento conjugal.
Conclusões/Considerações Apesar da aparente simplicidade tecnológica do aconselhamento, sua prática envolve o confronto entre valores e significados simbólicos do profissional de saúde. Persiste como desafio a superação do discurso pragmático de prevenção e risco, ainda hegemônico no modelo de formação em saúde, e a incorporação dos conceitos de autonomia e empoderamento para maior efetividade do aconselhamento e prevenção da transmissão vertical do HIV/AIDS e Sífilis.
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