28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12f - Educação, assistência e cuidado em doenças transmissíveis |
23427 - CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO Á TUBERCULOSE DE UM MUNICÍPIO DE GRANDE PORTE DO NORDESTE DO BRASIL
AGUINALDO JOSÉ DE ARAÚJO - UEPB, ROSIANE DAVINA DA SILVA - UEPB, LÍVIA MENEZES BORRALHO - UEPB, MONA LAURA DE SOUSA MORAES - UEPB, MARIA RITA BERTOLOZZI - USP, TANIA MARIA RIBEIRO MONTEIRO DE FIGUEIREDO - UEPB
Apresentação/Introdução
A Tuberculose (TB) é um grave problema de saúde pública, de grande magnitude, responsável por afetar milhões de pessoas todos os anos. No Brasil, o diagnóstico e o tratamento são padronizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Objetivos
Investigar características relacionadas ao processo de trabalho em atenção à tuberculose.
Metodologia
Estudo transversal descritivo-exploratório, vinculado à uma pesquisa multicêntrica desenvolvida em algumas regiões do Brasil (CAAE: 37254714.0.1001.5392/CEP-EE-USP), realizado em um município de grande porte do Nordeste brasileiro. Foram entrevistados os doentes de TB diagnosticados e em tratamento no local de estudo (n=137), com amostra (n=75) obtida após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, em 2015. As variáveis investigadas foram: Unidade de saúde de diagnóstico, Tempo gasto para receber o diagnóstico, Tipo de tratamento, Unidade de saúde de tratamento e Falta de medicamentos durante o tratamento. Os dados foram processados no SPSS com obtenção das frequências relativas.
Resultados
A maioria dos casos foram diagnosticados no Centro de Referência em TB (51,2%), seguidos de hospitais públicos (22,2%), unidades de saúde da família (USF’s) (8,0%), consultórios privados (8,0%), hospitais privados (6,6%) e UPA’s (4,0%). Sobre o tempo gasto (em dias) para receber o diagnóstico: 22,2% de 60 a 180, 19% mais de 180, 17% de 21 a 30, 14,7% de 1 a 10, 9,4% de 11 a 20, 9,4% de 31 a 40 e 8,3% de 41 a 60. Em relação ao tipo de tratamento, 54,5% realizavam o TDO e 45,5% o autoadministrado. Quanto à unidade de saúde de tratamento, 60,0% realizavam em USF’s e 40,0% no centro de referência. Sobre a falta de medicamentos: 33,3% alegaram a falta e 77,7% negaram faltar tuberculostáticos.
Conclusões/Considerações
O controle da TB é um desafio para a saúde pública, ao considerar resultados como o desta pesquisa, que evidencia dificuldades no processo de trabalho em atenção ao agravo, no tocante a descentralização dos diagnósticos para a atenção básica, tempo gasto para diagnosticar os casos e falta de medicamentos durante o tratamento.
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