29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12i - Arboviroses: zika, dengue e chikungunya |
28312 - MICROCEFALIA EM RECÉM-NASCIDOS: ANTES E APÓS EPIDEMIA PELO VÍRUS ZIKA
ANA PATRÍCIA BARROS CÂMARA - UFMA, MARIA DOS REMÉDIOS FREITAS CARVALHO BRANCO - UFMA, VANDA MARIA FERREIRA SIMÕES - UFMA, ANA CAROLINA ABREU DE CARVALHO - UFMA, ROSÂNGELA FERNANDES LUCENA BATISTA - UFMA, MARIZÉLIA RODRIGUES COSTA RIBEIRO - UFMA, ZENI CARVALHO LAMY - UFMA, FERNANDO LAMY FILHO - UFMA, ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS - UFMA, ANTÔNIO AUGUSTO MOURA DA SILVA - UFMA
Apresentação/Introdução
As causas de microcefalia são múltiplas, porém as infecções intrauterinas são mais frequentes, como por exemplo: sífilis, rubéola, citomegalovírus, vírus herpes simples e mais recentemente o vírus Zika (ZIKV).
Objetivos
Analisar a prevalência de microcefalia, microcefalia grave e microcefalia desproporcional em relação ao peso e comprimento em recém-nascidos em São Luís/MA e em Ribeirão Preto/SP, antes (2010) e após (2016) a epidemia pelo vírus Zika.
Metodologia
Estudo transversal, com dados coletados em maternidades no ano de 2010 (Estudo de Coortes Brasileiras em Ribeirão Preto e São Luís) e em 2016. Para a amostra do estudo em 2010 foram incluídos os recém-nascidos de parto hospitalar de cinco maternidades em Ribeirão Preto e quatro em São Luís, de mães residentes nos municípios em estudo, de janeiro a dezembro. Em 2016 foram coletados os dados nas mesmas maternidades utilizadas. Foram incluídos todos os nascidos vivos com mais de 500g ou 20 semanas de idade gestacional. As variáveis utilizadas foram sexo, perímetro cefálico, peso, comprimento dos recém-nascidos e a idade gestacional ao nascimento. Os dados foram analisados no programa STATA®14.
Resultados
Em Ribeirão Preto a prevalência de recém-nascidos (RN) com microcefalia ao nascimento foi 3,26% em 2010 e 1,15% em 2016; a prevalência de microcefalia grave foi 0,79% em 2010 e 0,33% em 2016. Na cidade de São Luís, em 2010, 3,58% nasceram com microcefalia e 0,93% com microcefalia grave; em 2016 1,65% e 0,32%, respectivamente. Em 2010, 1,60% dos RN apresentavam microcefalia desproporcional em relação ao comprimento e 1,83% em relação ao peso na cidade de Ribeirão Preto; em São Luís, 2,06% em relação ao comprimento e 2,14% em relação ao peso. Nas duas cidades o número esperado de casos de microcefalia ao nascimento foi maior que o número total de casos ocorridos.
Conclusões/Considerações
A prevalência de microcefalia e de microcefalia grave foi maior antes (2010) da epidemia pelo vírus Zika, comparado com 2016; dentre esses recém-nascidos a maior prevalência foi da microcefalia desproporcional em relação ao crescimento somático nas duas cidades nos períodos estudados e o número de casos que ocorreram em ambas as cidades foi menor que o número de casos esperados.
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