29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12i - Arboviroses: zika, dengue e chikungunya |
28181 - ANÁLISE TEMPORAL DOS CASOS PROVÁVEIS DE FEBRE DE CHIKUNGUNYA NO MARANHÃO, BRASIL EMILE DANIELLY AMORIM PEREIRA - FIOCRUZ, CLEBER CARMO DO NASCIMENTO - FIOCRUZ, SILMERY DA SILVA BRITO COSTA - UFMA, ADRIANA SORAYA ARAÚJO - UFMA, ANA PATRÍCIA BARROS CÂMARA - UFMA, FLÁVIA REGINA VIEIRA DA COSTA - UFMA, MARIA DO SOCORRO DA SILVA - SEMUS, ZULIMAR MÁRITA RIBEIRO RODRIGUES - UFMA, REJANE CHRISTINE DE SOUSA QUEIROZ - UFMA, ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS - UFMA, JOSÉ AQUINO JUNIOR - UFMA, MARIA DOS REMÉDIOS FREITAS CARVALHO BRANCO - UFMA, ANTÔNIO AUGUSTO MOURA DA SILVA - UFMA
Apresentação/Introdução A febre de chikungunya (CHIK) produz uma síndrome febril de início súbito e debilitante que, embora tenha uma taxa de letalidade muito baixa, tem uma elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, tendo como consequência a redução da produtividade e da qualidade de vida. O agente etiológico é um arbovírus transmitido por artrópodes, Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Objetivos Analisar a distribuição temporal dos casos prováveis de febre de CHIKem São Luís, Maranhão, no período de 2015 a 2016, correlacionando o número de casos com variáveis climáticas e infestação vetorial.
Metodologia Estudo ecológico, de base populacional e de dados climáticos, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Atlas Brasil e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).Para avaliar a relação entre o número de casos de febre de CHIK e as variáveis independentes: dias da semana (sábado, domingo e feriados foram considerados base para comparações), estação (chuvosa/estiagem), precipitação diária, vento velocidade, vento direção e Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti - LIRAa) foi ajustado o modelo estatístico Binomial Negativo. As análises foram realizadas com o software R®, versão 3.2.0.
Resultados As variáveis que apresentaram significância estatística com o número de casos foram velocidade e direção do vento, segunda, terça, quarta, quinta, sexta e LIRAa.A correlação com o vento foi negativa, evidenciando-se que quanto mais calmo estiver, maior será o número de casos. Na análise da estimativa de aumento de casos observou-se que as maiores chances ocorreram durante a semana, sendo 4,27 vezes maior nos dias de terça-feira. A cada ciclo do LIRAa verificou-se que houve um aumento de 14,1% no número de casos. O maior número de casos ocorreu na estação de estiagem (56,66%).
Conclusões/Considerações A correlação com o vento foi negativa.Embora o vento ainda não seja considerado como um fator determinante para a proliferação do vetor, esta relação é importante na dinâmica reprodutiva e alimentação do Aedes aegypti.Houve correlação positiva entre LIRAa e número de casos de febre de CHK. A maior procura nos dias de terça-feira pode ser justificada pela maior demanda de modo geral no início da semana nas unidades de saúde.
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