29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12i - Arboviroses: zika, dengue e chikungunya |
25715 - ASSOCIAÇÃO DE DENGUE E/OU CHIKUNGUNYA COM QUADROS NEUROLÓGICOS EM PACIENTES DE PERNAMBUCO: SÉRIE DE CASOS DE 2015 A 2016 ELAINE CRISTINA BOMFIM DE LIMA - DOUTORANDA NO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) E ASSESSORA TÉCNICA DA DIRETORIA GERAL DE CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS DA SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO., HELOÍSA RAMOS LACERDA DE MELO - PROFESSORA ADJUNTA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, ALEXANDRE MEDEIROS SAMPAIO JANUÁRIO - HOSPITAL CORREIA PICANÇO, SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO, ELIANE GUIMARÃES FORTUNA - HOSPITAL CORREIA PICANÇO, SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO, MARIA EULÁLIA DE MOURA CORTE REAL - HOSPITAL CORREIA PICANÇO, SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Apresentação/Introdução A tríplice epidemia de Zika, chikungunya e dengue vem demonstrando como um fator de risco as manifestações neurológicas. Entretanto, apesar do aumento da morbimortalidade, ainda não há esclarecimentos sobre o que conduz ao desfecho desfavorável (sequela ou óbito). Há relatos de casos relacionando chikungunya e dengue a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e encefalites, com quadros de sequelas.
Objetivos Determinar os fatores associados ao desfecho desfavorável, frequência de quadros virais e achados de neuroimagem dos pacientes com quadros neurológicos associados à dengue e/ou chikungunya na alta, em quadros com sequela ou óbito.
Metodologia Para responder ao objetivo, foi desenvolvido um estudo transversal, retrospectivo, de 2015 a 2016, onde participaram 30 pacientes com RT-PCR detectável ou sorologia IGM reagente, além de um líquido cefalorraquídeo (LCR) mostrando alterações linfomonocitárias e sintomas clínicos prévios de arbovirose em dois hospitais de referência em neurologia de Recife, Pernambuco.
Resultados 18(60%) pacientes apresentaram como desfecho final alta com presença de sequela, na qual a principal foi déficit motor 17(94,4%), sendo 12 (66,7%) por chikungunya, 1(5,5%) por dengue e 5(27,8%) dengue e chikungunya. Destes com sequela, 13 (72,2%) necessitaram de fisioterapia após o período de internamento. Em relação a evolução à óbito, 5 (16,6%) foram por chikungunya, com quadros neurológicos de: Síndrome de Guillain Barré (SGB), mielite e encefalite viral. Apenas 7(23,4%), teve alta sem sequela. Já em relação aos achados de imagem, 20 (66,6%) apresentaram manifestações neurológicas, como: SGB 10(50%), encefalite viral 5(25%), mielite 2(10%), miosite viral 2(10%) e meningoencefalite 1(5%).
Conclusões/Considerações A forma de conduzir os pacientes que apresentam estes quadros neurológicos ainda encontra-se em fase incipiente, logo, este estudo é inovador em Pernambuco pois visa a elucidação de como é desencadeado os fatores envolvidos com desfecho desfavorável e favorável, sendo esclarecedor para a correta evolução clínica dos pacientes atendidos, diminuindo assim os casos de sequelas e óbitos que vem sendo registrados.
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