29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12i - Arboviroses: zika, dengue e chikungunya |
25424 - ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE FEBRE DE CHIKUNGUNYA NOS IDOSOS NO LESTE DE MINAS GERAIS JÚLIA DE OLIVEIRA CASTRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - CAMPUS GOVERNADOR VALADARES, RUBENS CORREA MEIRELLES JUNIOR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - CAMPUS GOVERNADOR VALADARES, WANESKA ALEXANDRA ALVES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - CAMPUS GOVERNADOR VALADARES
Apresentação/Introdução Em 2014 foram notificados os primeiros casos autóctones de Febre de Chikungunya no Brasil, sendo observado aumento a partir de 2015. Apesar da elevação nos casos e da população idosa se mostrar mais vulnerável a doença e as complicações clínicas devido a imunossupressão característica da idade, há literatura escassa sobre a doença na 3ª idade.
Objetivos O objetivo desse estudo é descrever o perfil clínico e epidemiológico da Febre de Chikungunya na população idosa do município de Governador Valadares, Minas Gerais, no período de 2015 a 2017.
Metodologia Foi realizado um estudo descritivo da doença, usando os dados secundários não nominais do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Governador Valadares. Foram utilizados os dados das notificações para a Febre de Chikungunya realizados no período de 1 de Janeiro de 2015 a 31 de Dezembro de 2017, desses, os seguintes dados foram selecionados: semana epidemiológica; sexo; raça/cor; bairro de residência; sinais e sintomas; hospitalização; e classificação final. Foram utilizadas os softwares EpiInfo 7.2TM e Microsoft Excel®. Foram considerados idosos pessoas com 60 anos ou mais de idade.
Resultados Foram notificados 1.921 casos, sendo 2015, 2 casos; 2016, 14; e 2017, 1.905. Semanas epidemiológicas 12ª (março) e 13ª (abril) com de maiores notificações. 67% foram mulheres. Cor/raça, 64,1% notificações como ignoradas, seguido de 25,1% parda. Bairros com maior ocorrência foram: Vila Isa (5,2%); Jardim do Trevo e Nossa Senhora de Lourdes (4,8%, cada); e São Pedro (4,7%). Sinais e sintomas, os mais relatados, foram: artrite (81,0%); febre (73,7%); mialgia (53,2%); náuseas (25,4%); e vômito (22,6%). Dentre as doenças pré-existentes a mais incidente (18,3%) foi doença renal crônica. Outras patologias relatadas: diabetes, doenças hematológicas, hepatopatias e hipertensão arterial. 9 óbitos.
Conclusões/Considerações Houve uma epidemia da doença em pessoas idosas com elevada letalidade. A idade e doenças pré-existentes são fatores de risco para a doença e idosos são vulneráveis a forma grave. Como a doença não apresenta vacina ou tratamento específico, a prevenção deve ser realizada através do combate ao vetor. É importante cuidados pessoais, como a utilização de repelentes e roupas mais compridas.
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