Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12i - Arboviroses: zika, dengue e chikungunya

21207 - MICROCEFALIA NO PIAUÍ, BRASIL: ESTUDO DESCRITIVO DURANTE A EPIDEMIA DO VÍRUS ZIKA, 2015-2016
IGOR GONÇALVES RIBEIRO - MINISTÉRIO DA SAÚDE, MARCIA REGINA DE ANDRADE - MINISTÉRIO DA SAÚDE, JANAÍNA DE MORAES SILVA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PIAUÍ, ZENIRA MARTINS SILVA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PIAUÍ, MARIA AMÉLIA DE OLIVEIRA COSTA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PIAUÍ, MARCELO ADRIANO DA CUNHA E SILVA VIEIRA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PIAUÍ, FRANCISCA MIRIANE DE ARAÚJO BATISTA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PIAUÍ, HERLON GUIMARÃES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PIAUÍ, MARCELO YOSHITO WADA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, EDUARDO SAAD - MINISTÉRIO DA SAÚDE


Apresentação/Introdução
Em outubro/2015, após detecção do vírus Zika no Brasil, houve um aumento inesperado das microcefalias. Baseado em evidências o Ministério da Saúde implicou ao Zika o surto, com declaração de emergência nacional (novembro/2015). Em seguida outros 17 países continentais também confirmaram transmissão da Zika, no qual a Organização Mundial de Saúde declarou emergência internacional (fevereiro/2016).


Objetivos
Como o estado do Piauí suspeitou da ocorrência de microcefalias em seu território, este optou por um estudo para verificar a ocorrência do surto, determinar sua prevalência e descrever possível relação da microcefalia ao vírus Zika.


Metodologia
Em um estudo seccional de janeiro/2015 a janeiro/2016, foi estimada a prevalência da microcefalia no Piauí utilizando-se o banco oficial de notificação de microcefalias e o de nascidos vivos (NV). Definiu-se microcefalia relacionada a processo infeccioso como recém-nascido <37 semanas e perímetro cefálico (PC) abaixo do percentil 3 da Curva Fenton, ou >37 semanas e PC >32cm, com exames laboratoriais ou de imagem sugestivos de processo infecioso. Para diagnóstico diferencial, testou-se as mães para sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola e herpesvírus (STORCH).


Resultados
As microcefalias ultrapassaram a média nacional (5,1 casos/10.000 NV) em setembro/2015, com prevalência no período de 13,6 casos/10.000 NV. Entre 75 microcéfalos estudados, 34 foram associados a processo infeccioso, 20 descartados e 21 inconclusivos por falta de exames para classificação. Nos exames de imagens dos 34 confirmados para processo infeccioso, 34 apresentaram calcificação, 23 atrofia cerebral, 14 lisencefalia, 12 ventriculomegalia e 6 disgenesia do corpo caloso. Todos também foram não reagentes para STORCH, dengue e chikungunya, e um foi positivo para vírus Zika. Quanto às mães dos casos confirmados, uma teve dengue, uma chikungunya, uma sífilis e uma toxoplasmose.


Conclusões/Considerações
As microcefalias aumentaram seis meses depois da confirmação de circulação do vírus Zika, sem detecção de outras infecções congênitas fetais, sugerindo-se relação das microcefalias com infecção materna prévia pelo vírus Zika. Assim, recomendou-se ao Piauí o monitoramento do vírus e das microcefalias via análises de tendências comparadas dos dados oficiais, com busca ativa de resultados laboratoriais positivos em amostras maternas e fetais.

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