28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12e - Abordagens espaciais e temporais em doenças transmissíveis |
25708 - TENDÊNCIA TEMPORAL DA INCIDÊNCIA DE HEPATITE B EM SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 2008 A 2015.
MATEUS KRAHL - UNISUL - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, ELAYNE PEREIRA - UNISUL - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, GIOVANNA GRUNEWALD VIETTA - UNISUL - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Apresentação/Introdução
A hepatite B (HB) é um problema de saúde pública em Santa Catarina. Em 2016, segundo o Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN), o estado catarinense obteve a maior taxa de incidência dentre os estados da Região Sul.
Objetivos
Analisar a tendência temporal da incidência de HB no Estado de Santa Catarina no período de 2008 a 2015
Metodologia
Foi realizado um estudo ecológico de séries temporais a partir de 12.030 fichas de investigação do SINAN. A taxa de incidência geral de HB foi calculada pela razão entre o número de casos novos e a população total do Estado para cada ano estudado, multiplicado por 100.000 e, da mesma forma, estratificadas por sexo, faixa etária por sexo e Região de Saúde. Quanto a provável fonte/mecanismo de infecção foi calculada uma proporção por meio da divisão entre o número de casos e o total de pacientes infectados para cada ano do estudo em Santa Catarina, multiplicado por 100. Estimou-se a tendência temporal pelo método de regressão linear simples.
Resultados
A taxa de incidência geral foi estacionária. A incidência para ambos os sexos demostrou tendência crescente com uma redução em faixas etárias mais jovens e ascensão das taxas na população acima dos 40 anos. Houve uma predominância em homens. Na maioria dos casos a fonte de infecção foi desconhecida ou não preenchida na ficha de notificação. A via sexual é a principal causa de contágio, seguida da via vertical, ambas com tendência ascendente. A Região de Saúde Carbonífera foi a única com decréscimo significativo das taxas, enquanto o Alto Vale do Itajaí e Planalto Norte evidenciaram um aumento significativo nos índices. As regiões do Oeste seguem com as maiores incidências do Estado.
Conclusões/Considerações
As altas incidências de HB podem ser em parte justificadas pela melhoria nos sistemas de notificação e dos métodos diagnósticos. A vacinação pode ter contribuído para a redução da tendência da incidência nos indivíduos abaixo dos 20 anos. Entretanto, fatores como o envelhecimento populacional e o prolongamento da vida sexual culminaram em uma tendência crescente das taxas nos catarinenses de maior faixa etária.
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