28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12e - Abordagens espaciais e temporais em doenças transmissíveis |
25116 - TENDÊNCIA DA SÍFILIS EM GESTANTES EM CURITIBA/PR KARIN REGINA LUHM - UFPR, MARIANA BUENO DE SOUZA - UFPR, MARA CARMEN RIBEIRO FRANZOLOSO - UFPR; SESA/PR, LIZA REGINA BUENO ROSSO - SMS/CTBA, LOURDES TEREZINHA PCHEBILSKI - SMS/CTBA, ACÁCIA FRANCISCO LOURENÇO NARS - SESA/PR
Apresentação/Introdução A sífilis congênita é um grave problema de saúde pública responsável por altos índices de morbimortalidade intrauterina e infantil. O aumento da incidência da sífilis materna e congênita no Brasil e no mundo apontam a necessidade de estudos atualizados quanto a caraterísticas maternas associadas ao aumento da incidência e a falhas no diagnóstico e tratamento da sífilis na gestação.
Objetivos Avaliar a tendência da sífilis em gestante no município de Curitiba/PR e identificar o perfil sociodemográfico e epidemiológico destas gestantes
Metodologia Estudo ecológico exploratório de séries temporais, das notificações de sífilis em gestantes residentes em Curitiba/PR, de 2001 a 2016, a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram construídas séries temporais das taxas de detecção total e segundo faixa etária e escolaridade. Para avariáveis relativas ao diagnóstico e tratamento das gestantes e parceiros foram construídas distribuições proporcionais agrupadas por períodos. Para a análise estatística das séries históricas foram construídos gráficos de tendência por regressão linear (software R versão 3.3.1.). As proporções para os períodos foram analisadas pelo Teste Qui Quadrado de Pearson.
Resultados Observou-se elevação da taxa global de infecção materna por sífilis (R² = 0,6594) passando de 2,94 em 2001 para 19,6 casos por mil nascidos vivos em 2016, sendo mais intensa nos últimos 4 anos quando a taxa praticamente dobrou. A implantação da triagem por quimiluminescência a partir de 2014 aumentou em 15% a sensibilidade do diagnóstico O crescimento foi maior em gestantes < 20 anos e nas com baixa escolaridade (p<0,001). Observou-se incremento na classificação da sífilis como latente (2006 a 2009 =31,8%; 2014 a 2016=83,6%) e no tratamento adequado da gestante (2006 a 2009 =53,3%; 2014 a 2016= 86,4%) e do parceiro (2010 a 2013 =36,5%; 2014 a 2016= 51,8%) .
Conclusões/Considerações Os dados de Curitiba acompanham o incremento nacional das taxas. A maior elevação da incidência na população jovem e de baixa escolaridade orienta a necessidade de implementar medidas voltadas para estes grupos O aumento da proporção de gestantes e parceiros com tratamento adequado apontam avanços, persistindo desafios na prevenção da infecção na população e a necessidade de continuar avançando na atenção à sífilis na gestação.
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