28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12e - Abordagens espaciais e temporais em doenças transmissíveis |
23308 - ANÁLISE ESPACIAL DE CASOS PROVÁVEIS DE DENGUE, FEBRE DE CHIKUNGUNYA E FEBRE PELO VÍRUS ZIKA NO MARANHÃO, BRASIL SILMERY DA SILVA BRITO COSTA - UFMA, MARIA DOS REMÉDIOS FREITAS CARVALHO BRANCO - UFMA, JOSÉ AQUINO JUNIOR - UFMA, ZULIMAR MÁRITA RIBEIRO RODRIGUES - UFMA, REJANE CHRISTINE DE SOUSA QUEIROZ - UFMA, ADRIANA SORAYA ARAÚJO - UFMA, ANA PATRÍCIA BARROS CÂMARA - UFMA, POLYANA SOUSA DOS SANTOS - UFMA, EMILE DANIELLY AMORIM PEREIRA - FIOCRUZ, MARIA DO SOCORRO DA SILVA - SEMUS, FLÁVIA REGINA VIEIRA DA COSTA - UFMA, MARIA NILZA LIMA MEDEIROS - CEUMA, JOSÉ ODVAL ALCÂNTARA JÚNIOR - UFMA, ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS - UFMA, ANTÔNIO AUGUSTO MOURA DA SILVA - UFMA
Apresentação/Introdução Dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika representam crescente problema de saúde pública no mundo, sendo as duas últimas emergentes no Brasil. A ocorrência e o registro dos casos podem ser influenciados por fatores como densidade demográfica, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) e infestação vetorial.
Objetivos Analisar a distribuição espacial de casos prováveis de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika, correlacionando com densidade demográfica, Índice de Gini, IDHM, IDSUS e índice de infestação predial (IIP) pelo Aedes aegypti no Maranhão.
Metodologia Estudo ecológico de análise espacial de casos prováveis de dengue, chikungunya e Zika, ocorridos no Maranhão e notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAM) em 2015 e 2016. Utilizou-se o software ArcGis versão 10.5 e Geoda versão 10.1 para elaboração dos mapas e cálculo dos índices de Moran global e local.
Resultados O índice de Moran local evidenciou clusters de altas taxas de incidência de dengue no Oeste e Sul e de chikungunya no Norte e Sudoeste do estado. O índice de Moran global identificou autocorrelação significativa das taxas de incidência de dengue (p=0,04) e de chikungunya (p<0,001) e clusters de Zika no Sudoeste e Norte do estado. Encontrou-se correlação espacial positiva entre dengue e densidade demográfica (p<0,001), índice de Gini (p=0,02), IDHM (p=0,01), IDSUS por internações sensíveis à atenção básica (p=0,01) e IIP pelo Aedes aegypti (p=0,03); de chikungunya com densidade demográfica (p<0,001) e de Zika com densidade demográfica (p=0,03) e IIP (p<0,001).
Conclusões/Considerações A correlação espacial positiva das taxas de incidência com densidade demográfica pode ser explicada pelo aumento do risco de transmissão em áreas mais populosas e pela melhor estrutura dos serviços de saúde, inclusive de vigilância epidemiológica, em municípios mais desenvolvidos, com consequente maior acesso dos pacientes à assistência e melhor registro de casos.
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