27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12a - Infecções congênitas: zika e sífilis |
24710 - SÍFILIS EM GESTANTE E CONGÊNITA EM GOIÁS, E SUA CORRELAÇÃO COM A COBERTURA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, NOS ANOS DE 2015 E 2016 PATRÍCIA SILVA NUNES - INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA/UFG, RAFAEL ALVES GUIMARÃES - INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA/UFG, DÉBORAH FERREIRA NORONHA DE CASTRO ROCHA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS-SES/GO, TAMÍRIS AUGUSTO MARINHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-UFG, LARISSA KRISTINA VIDAL MONTES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS-SES/GO, MARÍLIA DALVA TURCHI - INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA-IPTSP/UFG
Apresentação/Introdução O enfretamento da sífilis congênita tem como foco principal os cuidados oferecidos às gestantes infectadas durante o pré-natal, que no Brasil é realizado predominantemente na atenção primária pelas equipes saúde da família. O direto ao nascimento seguro é um objetivo previsto na Rede Cegonha instituída em 2012, que traz como um dos eixos de atuação a triagem da sífilis materna na primeira consulta
Objetivos Estimar a incidência de sífilis em gestante (SG) e sífilis congênita (SC) e investigar a correlação desses indicadores com a cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF) em Goiás, nos anos de 2015 e 2016.
Metodologia Estudo ecológico observacional e analítico, utilizando dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Departamento de Informática do SUS e do Departamento Nacional de Atenção Básica. Para avaliar a correlação entre a cobertura da Estratégia Saúde da Família e a incidência de sífilis em gestante e congênita foram considerados os municípios que notificaram pelo menos um caso desses agravos, nos anos de 2015 e 2016. As taxas de incidência foram expressas por 1.000 nascidos vivos (NV). Aplicou-se como teste estatístico a Correlação de Spearman e, por meio de regressão linear simples, foi calculado o coeficiente de determinação (R²) com significância estatística de 5%.
Resultados Foram notificados no período 2.217 casos de SG e 595 de SC. O coeficiente de detecção de gestantes com sífilis teve um discreto aumento, indo de 10,7 casos/1.000NV em 2015 para 11,3/1.000NV em 2016. De forma similar a incidência de SC passou de 2,9 para 3,0/1.000NV no mesmo período. O número de municípios notificantes de sífilis congênita reduziu no período de 61 (2015) para 53 (2016), porém obteve um pequeno aumento no caso da SG indo de 140 para 142 municípios notificantes nos respectivos anos. A cobertura da ESF apresentou correlação positiva com a detecção de SG nos dois períodos, entretanto, não mostrou correlação negativa com as taxas de incidência de SC (p<0,01).
Conclusões/Considerações Apesar dos dados sinalizarem para uma estabilidade das taxas, o cenário ainda revela uma alta incidência de casos de sífilis congênita superando em pelo menos 5,8 vezes a meta de eliminação do agravo (0,5/1.000NV). Os dados apontam avanços na detecção da sífilis em gestante, porém a correção positiva com a sífilis congênita mostra a importância da investigação dos fatores que tem sido obstáculos na prevenção da transmissão vertical da doença.
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