Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12a - Infecções congênitas: zika e sífilis

24583 - SITUAÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA EM MINAS GERAIS: DESAFIO A SUPERAR
FABIANE FLÁVIA SILVA - CMMG, ROSÂNGELA DURSO PERILLO - CMMG, GABRIEL TIAGO LIGÓRIO - CMMG


Apresentação/Introdução
A Organização Mundial de Saúde estima que por dia ocorrem 1 milhão de Infecções Sexualmente Transmissíveis no mundo. Nos últimos cinco anos, o estado de Minas Gerais apresentou constante aumento do número de casos de sífilis congênita, além disso, seu controle e sua prevenção apresentaram indicadores desfavoráveis. A alta magnitude e os determinantes envolvidos mostram a relevância dos estudos.


Objetivos
Analisar a evolução da Sífilis Congênita no estado de Minas Gerais estimando sua incidência. Bem como associar os casos às varáveis sociais.


Metodologia
Trata-se de um estudo ecológico observacional, com análise temporal de 2006 a 2016 dos casos de Sífilis Congênita a partir de dados secundários coletados nas bases de dados do SINAN, SIM, SINASC e DIAHV/SVS/MS. As variáveis estudadas foram: faixa etária da criança, faixa etária da mãe, cor da pele/raça, escolaridade da mãe, realização de pré-natal, momento do diagnóstico da sífilis materna e tratamento do parceiro. Os dados foram organizados em planilha do Excel e apresentados em frequência absoluta e relativa e análise de medidas de tendência central (média e mediana), medidas de posição (valor mínimo e máximo) e medidas de dispersão (desvio padrão).


Resultados
Em 2006, a incidência da Sífilis Congênita foram 2 casos/1.000 NV. Já em 2016, foi de 5,8 casos, 10 vezes maior que a meta definida pela a OMS para 2015 (0,5/1000 NV). De 2010 a 2016, obteve-se um aumento de casos em 381%. Em 2016 foram identificados 4.568 casos, sendo que 93% dos casos foram diagnosticados com menos de 7 dias de vida, o que indica uma repercussão clínica muito precoce da doença. A desigualdade social no perfil das gestantes é visível com mais de 50% dos casos em gestantes negras e com baixa escolaridade, e 80% em mães jovens com até 29 anos. Em aproximadamente 50% houve falhas no diagnóstico, no tratamento da gestante (80%) e de seus parceiros (60%).


Conclusões/Considerações
Os serviços de saúde de Minas Gerais, embora tenha apresentado melhoria na detecção de casos de Sífilis Congênita no pré-natal, ainda apresentam indicadores desfavoráveis para a doença mostrando a determinação social desta doença com fator de risco comum, as mães jovens, de baixo nível sócio econômico e negras. Além da pouca extensão do tratamento ao parceiro e continuidade no tratamento do mesmo.

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