27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12a - Infecções congênitas: zika e sífilis |
24072 - CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE MICROCEFALIA E/OU SÍNDROME CONGÊNITA POSSIVELMENTE RELACIONADOS À ZIKA ASSISTIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DE PETROLINA-PE MAIARA DE OLIVEIRA COSTA - DISCENTE DA PÓS GRADUAÇÃO CIÊNCIAS DA SAÚDE E BIOLÓGICAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO, CHEILA NATALY GALINDO BEDOR - DOCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
Apresentação/Introdução Recentemente o Brasil passou por uma alteração no padrão de ocorrência de microcefalia com um forte consenso que o ZIKV é uma de suas causas. Identificar e caracterizar esses casos faz-se de grande importância uma vez que o levantamento de características em comum e/ou discrepantes viabiliza um melhor entendimento sobre os casos e condições envolvidas.
Objetivos O objetivo do trabalho foi descrever os casos confirmados de microcefalia e/ou síndrome congênita possivelmente relacionados ao vírus Zika em nascidos vivos e acompanhados na Atenção Primária à Saúde no município de Petrolina, Pernambuco, Brasil.
Metodologia Realizou-se um estudo descritivo de tipo série de casos dos nascidos vivos com microcefalia residentes no município de Petrolina/PE. Foram inclusos no estudo todos os casos notificados à SES/PE no período de 1º de Outubro de 2015 a 1° de Novembro de 2016, que residem no Município e que são assistidos pela Atenção Primária à Saúde (APS). A investigação transcorreu de 01 de Setembro de 2017 a 30 de Janeiro de 2018. A análise estatística dos dados foi realizada a partir de frequências, medidas de tendência central e dispersão, entre elas a distribuição em quartis (Q). Os softwares utilizados foram Microsoft Office Excel® 2010 e Programa estatístico R.
Resultados Forma registrados 9 casos de microcefalia e um de síndrome congênita sem microcefalia. 70% são meninos, com nascimentos nos meses de novembro de 2015 (30%) e janeiro de 2016 (30%). 50% dos casos nasceram de parto normal e 80% a termo. No primeiro exame físico, a mediana do perímetro cefálico foi de 29 cm, da estatura, 47,5 cm,e do peso, 2.905 gramas. 58% dos casos de microcefalia são classificados como severo. Os exames de imagem mostraram calcificação cerebral, ventriculomegalia, malformação do desenvolvimento cortical, paquigiria, alteração no padrão sulcal e/ou esquizencefalia. Nove dessas crianças recebiam benefício assistencial, esse consistindo para 78% como a única renda da família.
Conclusões/Considerações Em vista do aumento de número de nascidos vivos com microcefalia entre os anos de 2015 e 2016 em Petrolina, fica explícita a necessidade de uma assistência estruturada e de qualidade. Caracterizar esses casos possibilitou um conhecimento mais abrangente dos perfis e particularidades de cada um e as condições envolvidas. O próximo passo é a caracterização da cobertura e da assistência a esses casos nesse nível de atenção à saúde.
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