27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1d - Pesquisa em DCNT 1 |
25593 - ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE QUEIMADURA GRAVE EM UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO SEM CENTRO DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS: O IDEAL, O POSSÍVEL E O REAL PAULO ROBERTO MOCELIN - UFMA, FERNANDO LAMY FILHO - UFMA, ADRIANA FURTADO BALDEZ MOCELIN - UNICEUMA, CARLA JANINE DE ALMEIDA NOBRE - UFMA, MARIA EDUARDA KOSER - UFMA, DANIELA SANTOS BOSAIPO - UFMA
Apresentação/Introdução Queimaduras constituem relevante agravo à saúde pública. O Maranhão é um dos oito estados da federação que não dispõe de um serviço estruturado para atendimento às vítimas de queimadura. Diante disso, o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu um protocolo para nortear o tratamento de queimaduras em locais que não dispõem de Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).
Objetivos Avaliar as características dos acidentes por queimadura e condutas adotadas durante a internação de grandes e médios queimados em dois hospitais públicos de urgência e emergência de São Luís, tendo como parâmetro o protocolo do MS.
Metodologia Estudo prospectivo de cunho populacional realizado no período de um ano. Foram considerados elegíveis todos os pacientes médio e grande queimados internados e médicos plantonistas que prestaram atendimento. Utilizou-se questionário semiestruturado e realizada análise descritiva das etiologias e da gravidade. As condutas foram avaliadas através de entrevista com os médicos e de dados obtidos dos prontuários durante a internação. O protocolo para tratamento de emergência de queimaduras preconizado pelo MS serviu de parâmetro.
Resultados Predominaram sexo masculino, faixa etária de 0 a 9 anos, queimaduras por escaldadura e maior ocorrência em domicílio. Tiveram destaque as queimaduras térmicas atingindo os pés de crianças (25,58%). Dos profissionais, 83,16% relataram seguir critérios inespecíficos aplicados ao politraumatismo em geral, enquanto 16,83% afirmaram se basear na experiência pessoal. Houve divergência de condutas entre o que é preconizado pelo protocolo e o que é praticado nos hospitais em relação ao uso de antibióticos (52%), curativos (87%), profilaxia do tétano (30%), profilaxia de úlcera de Curling (28%) e cálculo de Superfície Corporal Queimada (100%).
Conclusões/Considerações As características observadas concordam com a literatura. Há necessidade da criação de CTQs e da implantação de protocolos específicos de atendimento a queimaduras, uma vez que esse é norteado atualmente por conduta pessoal. Para isso são necessários investimentos em divulgação, fiscalização e incentivos à utilização de protocolos. É plausível que essa situação se assemelhe à de outras capitais brasileiras com perfil semelhante.
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