27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1d - Pesquisa em DCNT 1 |
23659 - PERFIL DE CUIDADORES FAMILIARES DE PACIENTES DO PROGRAMA MELHOR EM CASA NO MUNICIPIO DE BELEM-PA MARIA LUCIANA DE BARROS BASTOS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA), ANA CARLA DE SOUSA AGUIAR - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA), JAMYLLE SILVA CAMPOS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA), ALINE SILVA CASTRO - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA), AMANDA CAROLINE LOBATO DIAS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA), CARINA ALVES COSTA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA), ALESSANDRA AGLAISE MELO DOS SANTOS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA), KAREN LAISE DA SILVA TAVARES - UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA (UNAMA)
Apresentação/Introdução O cuidador familiar consiste em uma pessoa com vinculo familiar com o paciente, que o ajuda em suas atividades cotidianas e diversas vezes está presente durante o atendimento domiciliar. O cuidador apresenta muitas vezes sobrecarga emocional e física, devido às mudanças no estilo de vida, o aumento de atividades domésticas e o isolamento social por falta de tempo para si mesmo.
Objetivos Descrever o perfil de cuidadores familiares de pacientes internados no Programa Melhor em Casa no município de Belém e identificar na ótica do mesmo, suas principais queixas e mudanças ocorridas após tornar-se cuidador.
Metodologia O projeto “Cuidando do Cuidador” foi realizado no Programa Melhor em Casa situado no Distrito Administrativo da Sacramenta (DASAC) do município de Belém-PA, no período de setembro a dezembro de 2016. O público-alvo eram os cuidadores dos pacientes internados no programa. Executaram o estudo as acadêmicas de Fisioterapia da Universidade do Estado do Pará, voluntárias do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE GRADUASUS). A coleta de dados foi realizada durante as visitas domiciliares da equipe, utilizando uma ficha com perguntas previamente formuladas pelos pesquisadores, contendo a identificação e avaliação de queixas algias e mudanças na sua vida após tornar-se cuidador.
Resultados Dos cuidadores, 75% possuíam laços de sangue com os pacientes, possuíam entre 38 e 76 anos e 87,5% eram mulheres. Todos afirmaram que suas rotinas mudaram completamente depois que tiveram que cuidar de seus “pacientes”, de modo que alguns deixaram de trabalhar, não saiam de casa e não cuidavam da própria saúde e de seu bem-estar, apresentando sintomas como cansaço, dores, altos níveis de estresse e dificuldade para dormir. Quando questionados se sentiam-se sobrecarregados com a tarefa de cuidador, apenas 37,5% disseram que não, sendo que um apresentava sinais de sobrecarga e outro não se sentia sobrecarregado devido a melhora recente de seu paciente.
Conclusões/Considerações Conclui-se ser necessário que os sistemas de saúde e o programa em questão, tenham maior atenção à essas pessoas, visto que estão suscetíveis à diversos agravos de saúde, tanto físicos quanto mentais. Em razão de ter-se identificado mudanças radicais em suas vidas, além de que a maioria apontava altos níveis de estresse, restrição social, dores no corpo, dificuldade para dormir, entre outras queixas.
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