29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC1j - pesquisa em DCNT 3 |
24758 - INCIDÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSOS DO MUNICÍPIO DE BAGÉ, RIO GRANDE DO SUL
SANDRA MATTOS FRANÇA - UFPEL, BRUNO PEREIRA NUNES - UFPEL, MARCIANE KESSLER - UFPEL, MARIANGELA UHLMANN SOARES - UFPEL, KARLA PEREIRA MACHADO - UFPEL, LOURIELE SOARES WACHS - UFPEL, PÂMELA MORAES VOLZ - UFPEL, MICHELE ROHDE KROLOW - UFPEL, JANAÍNA DUARTE BENDER - UFPEL, ELAINE THUMÉ - UFPEL
Apresentação/Introdução
A incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária de urina com maior prevalência e incidência entre idosos, relacionada a alterações fisiológicas inerentes ao envelhecimento. Há escassez de estudos longitudinais de base populacional para verificar a incidência de IU nesta população.
Objetivos
Avaliar a incidência de incontinência urinária em uma coorte de idosos de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil.
Metodologia
Estudo longitudinal de base populacional realizado em 2016/2017 com idosos participantes do estudo de linha de base “Saúde do idoso: situação epidemiológica e utilização de serviços de saúde em Bagé, RS”, realizado em 2008 (n=1593). Foram reentrevistados 736 idosos e 615 responderam as questões sobre perda involuntária de urina. O desfecho foi avaliado através da seguinte questão: “O(A) Sr(a) tem problema de perder um pouco de urina e se molhar acidentalmente (não dá tempo de chegar ao banheiro, ou quando está dormindo; ou quando tosse ou espirra, ou faz força)?”. Foi verificado associação entre IU e variáveis demográficas, socioeconômicas, morbidades e condições de saúde.
Resultados
A incidência de IU foi de 19,3%. Entre os tipos de incontinência, a de urgência apresentou o maior percentual (88,7%), seguida da IU de esforço (57,6%) e incontinência por transbordamento/extravasamento (45,6%). Na análise ajustada, a incontinência apresentou associação estatisticamente significativa com sexo feminino (RI:1,43; IC95%:1,01-2,06), idade de 75 anos ou mais (RI:1,99; IC95%:1,31-3,00) e diabetes (RI:1,5; IC95%:1,02-2,23). Em 2008, a prevalência de IU foi de XX% (n=330) e destes, 47,6% continuaram com incontinência no estudo de acompanhamento.
Conclusões/Considerações
Os resultados indicam elevada incidência de IU na população em estudo e sua tipificação possibilita realizar atividades de orientação em saúde de modo a prevenir perda urinária de urgência e controle do diabetes, fatores associados com sua ocorrência. Além disso, também há possiblidade de estímulo a atividades de fortalecimento do assoalho pélvico, medida que poderá ser ofertada pelos profissionais da atenção primária à saúde.
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