29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1j - pesquisa em DCNT 3 |
21976 - EXCREÇÃO URINÁRIA DE IODO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE ESCOLAS MUNICIPAIS DA ZONA SUL DO RIO DE JANEIRO LÚCIA RODRIGUES - UNIRIO, VANESSA DE SOUZA SILVA DE ALMEIDA - UNIRIO, CYNTHIA MACEDO DE AGUIAR - UNIRIO, SUELEN DE LIMA DA SILVA - UNIRIO, ANDERSON JUNGER TEODORO - UNIRIO
Apresentação/Introdução Desde a década de 20, a iodação do sal de cozinha, comercializado no Brasil, é obrigatória. Essa suplementação favoreceu o controle de moléstias decorrentes da carência de iodo. Entretanto o aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados, ricos em sal, têm levado a uma maior ingestão de iodo, favorecendo o surgimento de diversas comorbidades.
Objetivos Determinar a excreção urinária de iodo, com base na urina de 24 h e urina noturna (spot), em crianças e adolescentes de escolas municipais da zona sul do Rio de Janeiro.
Metodologia Estudo observacional transversal com escolares de 6 a 16 anos de escolas públicas da Zona Sul do Rio de Janeiro. Os responsáveis foram contatados para assinatura do termo de consentimento e agendado dia para entrega de toda urina da manhã. A determinação da iodúria foi realizada com persulfato de amônio, ácido arsenioso e sulfato de amônio e classificada segundo Dunn et al(1993). O banco dados foi digitado em duplicata e analisado no SPSS 17.0. Primeiro se realizou teste de Kolmogorov-Smirnov e como as variáveis não tinham distribuição normal se fez Teste Mann Whitney e correlação de Spearman. Nível de significância de 5%. O projeto foi aprovado sob CAAE 20757213.5.0000.5285.
Resultados Foram avaliados 92 escolares, sendo 51,1% (n=47) do sexo masculino com idade de 11,3±2,6 anos. A iodúria spot (toda a urina noturna) e 24 horas revelaram ingestão e excreção média de iodo excessiva, respectivamente de 344,1±119,8 mg e 382,5±186,7 mg. Não foi encontrada diferença (p-valor >0,05) entre as médias pelos dois métodos. Na classificação do estado nutricional em relação ao iodo, segundo critérios de Dunn et al, pela urina spot e 24h foi respectivamente:
Deficiência leve - 2,2% (n=2) e 3,3% (n=3)
Risco de hipertireoidismo induzido por iodo - 21,7% (n=20) e 16,3% (n=15)
Risco de hipertireoidismo e enfermidade tireoide autoimune - 64,1% (n=59) e 66,3% (n=61)
Conclusões/Considerações Houve elevada excreção de iodo e associação entre iodúria spot e 24h, sem diferença entre as médias. Esses dados permitem inferir que durante o período de estudo, a população encontrava-se com ingestão excessiva de iodo e que somente a urina noturna seria suficiente para esta avaliação. Estratégias de intervenção estão sendo estabelecidas visando uma mudança do estilo de vida para uma melhor qualidade de vida futura.
|