27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1c - Agravos cardiometabólicos |
26923 - CONCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE ATUAM NO MANEJO DA OBESIDADE INFANTIL NO SUS QUANTO A ARTICULAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE ANA APARECIDA DE SOUZA SANTANA GONÇALEZ - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS-UNISANTOS, CAROLINA LUÍSA ALVES BARBIERI - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS-UNISANTOS
Apresentação/Introdução A linha do cuidado na obesidade é uma estratégia de atenção à saúde que visa atender às pessoas com sobrepeso ou obesas, na lógica das redes de atenção à saúde. Estudos apontam que apesar dos avanços, o sistema ainda é fragmentado e não se articulam entre si, propiciando serviços desorganizados e ações isoladas. Pouco se sabe como estão articulados os serviços de atenção às crianças obesas.
Objetivos Analisar, a partir das experiências dos profissionais de saúde da rede pública que atuam com obesidade infantil, como eles se articulam com os demais profissionais de seu serviço e dos serviços dos diferentes níveis de complexidade de saúde.
Metodologia Pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, por meio de entrevista semiestruturada com profissionais de saúde que atuam no SUS na assistência com obesidade infantil na cidade de São Paulo. A composição da população de estudo foi por meio de indicação em bola de neve, buscando uma diversidade quanto a formação dos profissionais de saúde (como médicos, enfermeiros, nutricionistas, educador físico) e à atuação em diferentes níveis de Atenção (primária, secundária e terciária). Na composição final da população de estudo foi usado o critério de saturação teórica e percurso analítico foi norteado pela análise de conteúdo temático, norteados pelas diretrizes das Redes de Atenção em Saúde.
Resultados Foram entrevistados 16 profissionais de saúde - médicos, ed. físico, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, sendo 5 da atenção primária, 4 da secundária e 6 da terciária e 1 gestor. A maioria relatou ter boas relações entre os profissionais de saúde que atuam no mesmo local, no entanto, no que diz respeito aos diferentes níveis de complexidade, referem não existir articulação com os demais serviços e desconhecer fluxos. Os que atuam na atenção primária expuseram não receber contra referência, ser comum pacientes não retornarem às consultas ou não saberem informar condutas adotadas. Muitos elucidaram que mesmo que façam a contra referência, não tem a certeza de que esta chegará ao destino.
Conclusões/Considerações Percebe-se que apesar de esforço por parte dos profissionais de saúde, muitos avanços e desafios ainda existem no manejo da obesidade infantil, sobretudo no distanciamento entre o preconizado pela linha de cuidado à obesidade na lógica das Redes de Atenção em Saúde e à realidade encontrada na prática. Melhorias na estratégia da linha de cuidado são vitais para que os serviços se articulem proporcionando atenção continua e segura à população.
|