Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC1f - Diabetes

23175 - ESTRUTURA DA REDE BÁSICA DE SAÚDE NO BRASIL PARA ATENÇÃO À PESSOA COM DIABETES: CICLOS I E II DO PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE
ROSÁLIA GARCIA NEVES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, SUELE MANJOURANY SILVA DURO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LUIZ AUGUSTO FACCHINI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, ELAINE TOMASI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

Apresentação/Introdução
A prevalência de diabetes em adultos brasileiros é de 6%. A rede de Atenção Básica (AB) é responsável pelo manejo e a prevenção do diabetes e suas complicações. Apesar do aumento na cobertura e acesso aos serviços de AB, a estrutura inadequada das unidades básicas de saúde (UBS) ainda é um problema enfrentado no país, no entanto são escassas as avaliações em larga escala desses serviços.


Objetivos
Descrever a estrutura da rede básica de saúde no Brasil, em 2012 e 2014, para atenção à pessoa com diabetes.


Metodologia
Estudo descritivo, o qual foram avaliadas todas as UBS cujas equipes participaram de ambos os Ciclos I e II do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ). Foram utilizadas as variáveis dicotomizadas (sim/não): materiais (balança de 150 kg, esfigmomanômetro, estetoscópio adulto, fita métrica, glicosímetro, kit de monofilamentos, oftalmoscópio e tiras de glicemia capilar); medicamentos (insulina NPH, insulina regular, glibenclamida e metformina) e infraestrutura (consultório clínico, farmácia, recepção, sala de acolhimento e sala de reunião). As UBS que possuíam todos os itens em cada grupo (materais, medicamentos e infraestrutura) foram consideradas adequadas.


Resultados
Um total de 13.041 UBS foram analisadas. Todos os medicamentos avaliados e a sala de acolhimento tiveram um aumento na prevalência de mais de 10 pontos percentuais de 2012 para 2014. As prevalências de UBS adequadas nos três grupos (materiais, medicamentos e infraestrutura) foram maiores em 2014, em comparação à 2012. A adequação dos materiais, de 2012 para 2014, passou de 3,9% para 7,8%, dos medicamentos 31,3% para 49,9% e da infraestrutura 15,3% para 23,3%.


Conclusões/Considerações
As unidades que aderiram aos Ciclos I e II do PMAQ obtiveram uma melhoria em suas estruturas. Apesar de não ser um estudo experimental sugere-se que o PMAQ teve uma influência positiva. No entanto, a baixa prevalência de UBS com estrutura adequada para atenção à pessoa com diabetes é preocupante, indicando que o serviço de AB no país ainda se apresenta de forma precária.

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