27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1b - Avaliação de atenção aos pacientes com câncer |
27954 - FLUXO NA REDE DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA PACIENTE COM CÂNCER DE MAMA (CM) BENEFICIADA COM O PROJETO PITANDO A PARAÍBA DE ROSA: UM ESTUDO TRANSVERSAL LORENA SOFIA DOS SANTOS ANDRADE - UEPB, MILENA EDITE CASÉ DE OLIVEIRA - UEPB, TÁCILA THAMIRES DE MELO SANTOS - UEPB, KEDMA ANNE LIMA GOMES - UEPB, SAIONARA AÇUCENA VIEIRA ALVES - UEPB, KELLE KAROLINA ARIANE FERREIRA ALVES - UEPB, CRISTIANE SANTOS DE ARAÚJO - FAP, MIRNA HALLAY DE ANDRADE - UFSCAR, TIAGO ALMEIDA DE OLIVEIRA - UEPB, MATHIAS WELLER - UEPB
Apresentação/Introdução Em 2016, foram estimados 57,9 novos mil casos de Câncer de Mama (CM) no Brasil, com risco avaliado de 56,2 casos a cada grupo de 100 mil mulheres. Além disso, a taxa de mortalidade permanece alta no país, sendo o diagnóstico tardio um dos principais motivos que dificultam a eficiência do tratamento e reduzem as taxas de sobrevivência, uma vez que os tumores são detectados em estágios avançados.
Objetivos Comparar a velocidade do fluxo no sistema de saúde das paraibanas que se tratam em um hospital de referência para o tratamento do CM, com o fluxo das mulheres que receberam auxílio do projeto “Pitando a Paraíba de Rosa” e se tratam na mesma unidade.
Metodologia A amostra foi composta por 793 mulheres beneficiadas por meio de consultas com especialista e exames pelo projeto entre fevereiro de 2017 e 04 de janeiro de 2018. A determinação do tipo de câncer de mama diagnosticado foi baseada na análise anatopatológica, a partir de material coletado por biópsia Core, guiada ou não por ultrassom. Além destes dados clínicos, as informações sobre o caminho percorrido pela paciente desde a primeira consulta até o início do tratamento foram coletadas por meio de entrevistas e no prontuário, utilizando um formulário aplicado pelos pesquisadores. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UEPB, CAAE: 63083816000005187.
Resultados Dos 63 dados apresentados, 54 (86%) mulheres apresentaram câncer ductal invasivo, 2 (3%) lobular invasivo, 1 (2%) mucinoso invasivo, 6 (9%) in situ. A idade média das mulheres diagnosticadas foi de 56 anos, sendo a idade mínima 27 anos e a máxima 84 anos. Em relação ao intervalo de tempo entre a biópsia e o anatomopatológico, obteve-se uma média de 5 dias. Um estudo realizado na instituição, através da analise de regressão de Cox comprovou que as mulheres que foram beneficiadas com as consultas com especialista e com a doação de exames demoraram menos tempo para iniciar o tratamento quando comparadas a outras mulheres que passaram por outros serviços de saúde até a confirmação diagnostica.
Conclusões/Considerações Os dados mostram que as organizações ofertaram uma maior agilidade no diagnóstico do CM após a suspeita, facilitando a investigação da neoplasia e possibilitando escolhas acerca da terapêutica. Os resultados também levantam questionamentos sobre a faixa etária de rastreamento preconizada pelo Ministério da Saúde (a partir de 50 anos), uma vez que exclui uma faixa etária que se faz cada vez mais presente nos dados relacionados ao CM.
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