27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1b - Avaliação de atenção aos pacientes com câncer |
25635 - CUIDADOS PALIATIVOS NA ATENÇÃO DOMICILIAR PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS NO BRASIL ADRIANA TAVARES DE MORAES ATTY - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, JEANE GLAUCIA TOMAZELLI - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Apresentação/Introdução A organização de serviços de saúde para o cuidado integral do indivíduo com câncer precisa garantir os cuidados paliativos. A integração inadequada dos cuidados paliativos na rede de saúde contribui para a falta de acesso equitativo aos cuidados de saúde. Estima-se que a maioria dos pacientes com câncer terminal necessita de cuidados paliativos, mas menos de 20% consigam ter acesso.
Objetivos Objetivo do trabalho foi descrever o perfil dos usuários oncológicos em cuidados paliativos na atenção domiciliar no Brasil
Metodologia Estudo descritivo com dados do Sistema de Informação Ambulatorial entre 2013 a 2015. Considerou-se apenas a produção da modalidade de atendimento atenção domiciliar da Equipe Multidisciplinar de Apoio (EMAP) e Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) (tipo 1 ou tipo 2) pois são as aptas a prestar atendimento nas modalidades AD2 e AD3, no qual os cuidados paliativos estão incluídos.
Variáveis consideradas: diagnóstico principal: neoplasias malignas (CID10 C00-C97); sexo; faixa etária; origem do encaminhamento; UF e região de residência do paciente.
Estudo não submetido ao comitê de ética por tratar-se de dados secundários de acesso irrestrito.
Utilizou-se Tabwin e o Excell 2010.
Resultados A quantidade de pacientes oncológicos informados em cuidados paliativos na atenção domiciliar no período considerado, variou de 3.748 em 2013 a 8.651 em 2015, o equivalente a um aumento de 131%. Somente os estados de Roraima, Sergipe e Espírito Santo não registraram casos. Dentre os dez tipos de neoplasias mais recorrentes estavam as mais incidentes entre homens, próstata, e mulheres, mama. Mas na estratificação por faixa etária observou-se diferenças entre os tipos mais prevalentes de tumores. Em homens <40 anos, encéfalo foi o tipo mais recorrente e entre os > 60 anos foi próstata. Nas mulheres, com exceção das <40 anos, o câncer de mama foi o mais recorrente.
Conclusões/Considerações O estudo contribui para o acompanhamento do fluxo do cuidado integral do usuário oncológico e para o monitoramento da linha de cuidado, em especial, dos canceres passíveis de detecção precoce.
Ainda que não seja possível afirmar que todos os pacientes oncológicos em cuidados domiciliares por equipes EMAP e EMAD estejam de fato em cuidados paliativos, a análise realizada apresenta o potencial dos sistemas de informação para o fim de monitoramento.
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