27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1b - Avaliação de atenção aos pacientes com câncer |
25384 - ESTÁDIO AO DIAGNÓSTICO E SOBREVIDA DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA NO BRASIL: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA LÍVIA LOVATO PIRES DE LEMOS - UFMG, PAULO HENRIQUE RIBEIRO FERNANDES ALMEIDA - UFMG, DANIELA PENA MOREIRA - UFMG, MÍRIAN CARVALHO DE SOUZA - UFMG, AUGUSTO AFONSO GUERRA JÚNIOR - UFMG, MARIÂNGELA LEAL CHERCHIGLIA - UFMG
Apresentação/Introdução O câncer de mama é o segundo câncer mais comum e o mais frequente em mulheres no Brasil, sendo prioridade no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1998. A incidência é maior nos países desenvolvidos, entretanto, a razão incidência/mortalidade é mais alta no Brasil. Há consenso de que isso se explica, principalmente, devido à alta proporção de mulheres diagnosticadas com doença avançada.
Objetivos Avaliar a proporção de mulheres diagnosticadas em estádio avançado de câncer de mama no Brasil e a taxa sobrevida global dessas mulheres por meio de revisão sistemática da literatura.
Metodologia Foram efetuadas buscas por estudos nas bases de dados Medline (via Pubmed), EMBASE, Lilacs e Cochrane Library utilizando os termos “câncer de mama” e os sinônimos, e “Brasil”. Foram conduzidas buscas manuais nas referências dos artigos incluídos e por meio de busca livre no Google. Foram considerados elegíveis estudos observacionais que reportem a porcentagem de mulheres diagnosticadas em estágios avançados (III e IV) e ensaios clínicos e estudos observacionais que reportem a taxa de sobrevida global em 5 anos de pacientes diagnosticadas em estágios avançados. Não foi aplicada restrição de idioma nem de localidade. Protocolo CRD42017052493 na plataforma PROSPERO.
Resultados Foram incluídos 13 estudos. Segundo entre 1995 e 2002, 44,9% das mulheres foram diagnosticadas em estádio avançado, entre 2000 e 2011, foram 39,2%. Foram observadas as seguintes taxas de sobrevida em 5 anos para os estágio III e IV: 51% e 17% (sobrevida específica), na Unidade de Especialidades Médicas do SUS, Joinville, SC (diagnóstico entre 2000-2009); 43,6% e 31,6% no Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer de Goiás, Goiânia, GO (1998-2002); 62,5% e 27,3% no Centro de Pesquisas Oncológicas de Santa Catarina e no Hospital de Caridade, Florianópolis, SC (2000-2002); 67% e 54% em Juiz de Fora, MG; e 73% e 57% no Hospital Universitário de Santa Maria, RS (1998-2000).
Conclusões/Considerações A proporção de mulheres diagnosticadas em estádio avançado têm diminuído, entretanto ainda é maior que a observada em países desenvolvidos, indicando a necessidade de intensificar as atividades de detecção precoce no âmbito da Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer. Em geral, a sobrevida em 5 anos foi semelhante à observada em países desenvolvidos, sugerindo que as pacientes que conseguem tratamento obtêm cuidado satisfatório.
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