27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1b - Avaliação de atenção aos pacientes com câncer |
22375 - RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO CÉLIA MARIA CASTEX ALY - SMS-SP, ANA LÚCIA CONSONNI - SMS-SP, CÉSAR AUGUSTO INOUE - SMS-SP, MARGARIDA MARIA TENÓRIO DE AZEVEDO LIRA - SMS-SP
Apresentação/Introdução O câncer de colo de útero é o 3º mais frequente entre mulheres e a 4ª causa de morte por câncer. Quando detectado precocemente, são maiores as possibilidades de cura. O ISA-Capital, inquérito realizado no município de São Paulo em 2003, 2008 e 2015, pesquisou o comportamento das mulheres de 20 anos e mais em relação à realização do Papanicolau, principal exame preventivo para este câncer.
Objetivos Analisar a prevalência de realização do Papanicolaou em mulheres de 20 anos e mais no município de São Paulo em 2015, comparando com os resultados de 2003 e 2008 e investigar aspectos relacionados.
Metodologia O ISA-Capital é um estudo de corte transversal, realizado no MSP nos anos de 2003, 2008 e 2015, com coleta de dados por meio de entrevistas domiciliares. A população pesquisada foi definida por meio de amostra probabilística, representativa para faixa etária, sexo e regiões de saúde. Foram entrevistadas 4.043 pessoas na população de 12 anos e mais, 43,7% do sexo masculino e 56,3%, feminino.
As questões sobre a realização do Papanicolaou foram feitas para mulheres com 20 anos e mais, sendo investigados os seguintes aspectos: se fez o exame, tempo decorrido da sua realização, onde foi realizado e, o porquê da não realização do exame, o resultado do exame e seguimento, em caso de alterações.
Resultados Houve aumento da prevalência de realização de Papanicolaou, alguma vez na vida, entre 2003 (86,9%) e 2015 (91,5%), em mulheres com 20 anos e mais. Entre aquelas que nunca realizaram o exame, o principal motivo foi ‘não achar necessário’ (43,0%), seguido por ´não terem sido orientadas’ (24,4%). Na faixa etária preconizada (25 a 64 anos), nos últimos 3 anos, os resultados foram semelhantes no período, mantendo-se acima de 80%, tanto para o município quanto para as Regiões de Saúde. O SUS foi responsável por 57,1% dos exames em mulheres com 25 a 64 anos. Cerca de 5% dos exames apresentaram alteração e 85,5% das mulheres referiram seguimento para confirmação diagnóstica e/ou tratamento.
Conclusões/Considerações O principal método usado para rastreamento do câncer de colo uterino (Papanicolaou) foi incorporado por mais de 80% das mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, na cidade de São Paulo, com a periodicidade recomendada pela OMS. Todavia, ainda se observam dificuldades no acesso para a realização do exame e resistência de parte das mulheres em fazê-lo. É importante monitorar as ações para ampliar o acesso e tratamento dos casos alterados.
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