27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1a - Relatos de experiências em DCNT 1 |
22036 - A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES: UMA FERRAMENTA PARA A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA-ES. MARILENE GONÇALVES FRANÇA - PREFEITURA MUNICIPAL DE VITORIA, ALINE SEGATO - PREFEITURA MUNICIPAL DE VITORIA
Período de Realização Janeiro de 2015 à dezembro de 2017.
Objeto da Experiência Estabelecer a estratificação de risco de pessoas com Hipertensão e Diabetes para a organização da assistência na atenção básica em Vitória-ES.
Objetivos Definir a estrutura de estratificação de risco a ser utilizada para as pessoas com hipertensão e diabetes; classificar o risco, por meio da ficha clinica de hipertensos e diabéticos no prontuário eletrônico; e estabelecer parâmetros assistenciais para o acompanhamento na atenção básica.
Metodologia Foram definidos a partir da revisão da literatura e do contexto municipal a Estratificação de Risco Cardiovascular Global para hipertensão e a Estratificação de Risco baseada nos critérios de controle metabólico e pressórico para o diabetes. Tais preditores foram inseridos no prontuário eletrônico para que a classificação de risco fosse gerada automaticamente ao preencher a Ficha de Hiperdia. Assim, foram elaborados os parâmetros assistenciais para a atenção programada.
Resultados Os resultados evidenciaram que das 32.527 pessoas com hipertensão, houve maior concentração de risco moderado (30,41%). Já para os 12.245 diabéticos, os maiores percentuais foram de risco médio (36,13%). Os parâmetros assistenciais baseados na estratificação de risco subsidiaram as equipes na organização do processo de trabalho, a atenção passou a ser pautada nas necessidades de cada pessoa, e o acompanhamento foi pautada na gestão de risco com agenda programada para a continuidade do cuidado.
Análise Crítica A estratificação de risco das doenças crônicas baseada na condição clínica e nos fatores de risco possibilita o manejo clínico diferenciado, a definição das metas de tratamento e do seguimento. A instituição da gestão baseada nas necessidades de saúde é um elemento essencial na organização das redes de atenção, pois busca romper com a gestão baseada na oferta, ao constituir subpopulações estratificada por riscos, observando o princípio da equidade, um dos mais importantes princípios do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações A estratificação de risco é uma ferramenta útil e necessária para a organização da atenção, porém ela é dinâmica devido as mudanças nas condições de saúde, sendo necessário o acompanhamento sistemático da equipe para identificação das mudanças no estrato de risco. Contudo, a programação do cuidado não deve ser rígida e se limitar ao critério clínicos, também, deve considerar os determinantes sociais de saúde para a integralidade da atenção.
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