27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC1a - Relatos de experiências em DCNT 1 |
21968 - MORTALIDADE PREMATURA POR DOENÇA CARDIOVASCULAR EM CURITIBA MICHELLE DE FATIMA TAVARES ALVES - SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE CURITIBA, JOÃO ALBERTO LOPES RODRIGUES - SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE CURITIBA, CRISTIANE YUMI NAKAMURA - SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE CURITIBA, ANNA ROSA RISSATTO RUZYK - SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE CURITIBA, ALCIDES AUGUSTO SOUTO DE OLIVEIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE CURITIBA
Período de Realização Novembro de 2017 a Fevereiro de 2018
Objeto da Experiência Doenças Cardiovasculares
Objetivos Analisar o perfil da mortalidade prematura na população de Curitiba nos últimos 20 anos, com ênfase nas mortes por doença cardiovascular, dada sua importância e impacto na população, para identificação de tendências, prioridades e oportunidades de ação em saúde pública.
Metodologia Foram analisadas as causas de morte prematura na população curitibana, com ênfase nas DCV (Cap IX CID-10) de 1996-2016. Dados de 1996 a 2015 foram obtidos no DATASUS e de 2016 no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Dados populacionais obtidos da estimativa RIPSA (2000 a 2016) e IBGE (1996 a 1999). O CM por DCV foi calculado por 100.000 habitantes; para comparação com outras capitais brasileiras foi ajustado por idade, por método direto com população padronizada OMS (AHMAD et al., 2001).
Resultados A DCV é a primeira causa de morte prematura entre os curitibanos até 2008, sendo a partir de 2009 as neoplasias. Porém, em toda a série histórica, tanto a frequência quanto o CM prematura entre os homens por DCV são superiores à neoplasia, sendo 146,4 e 133,2 respectivamente em 2016. As doenças isquêmicas do coração (DIC) e as cerebrovasculares (DCbV) somam 70% dos óbitos prematuros por DCV, sendo as DIC responsáveis por 41,1%, com CM superior entre os homens (67,5) comparado às mulheres (27,0).
Análise Crítica Apesar da substancial redução da mortalidade prematura por DCV, motivo das neoplasias assumirem como principal causa de morte, a DCV persiste como primeira causa de morte prematura entre os homens. Além disso, nos últimos 5 anos não há redução expressiva na mortalidade prematura por DCV. Em 2015, o CM por DCV ajustado por idade de Curitiba (111,5) mostrou-se inferior ao do Brasil (147,1) e das capitais analisadas (Porto Alegre, Recife, Belém, Fortaleza e Manaus), exceto ao de Belo Horizonte.
Conclusões e/ou Recomendações Estes resultados reforçam a importância do fortalecimento e renovação de estratégias e políticas para a redução da mortalidade prematura por DCV, principalmente entre os homens e pelas DIC. Estas estratégias precisam ser direcionadas à prevenção, controle e tratamento destas doenças e seus determinantes, para redução da mortalidade prematura por DCV, mas sobretudo para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida da população.
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