27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO1g - Obesidade |
26305 - PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA REDE PÚBLICA QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL, QUANTO ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS NOS DIFERENTES NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE ANA APARECIDA DE SOUZA SANTANA GONÇALEZ - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS-UNISANTOS, CAROLINA LUÍSA ALVES BARBIERI - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS-UNISANTOS
Apresentação/Introdução A obesidade infantil é uma doença epidêmica, multicausal e complexa cuja abordagem envolve vários profissionais de saúde. É uma questão de Saúde Pública emergente por ser altamente incidente. Muitas pesquisas apontam para os desafios e complexidade no enfrentamento dessa enfermidade, no entanto, raros estudos discorrem sobre as vivências destes profissionais que atuam no SUS no manejo da doença.
Objetivos Explorar as percepções de profissionais de saúde que atuam no SUS assistindo crianças e adolescentes obesos, sobre atribuições e competências conforme os respectivos níveis de complexidade de Atenção à Saúde.
Metodologia Pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, por meio de entrevista semiestruturada com profissionais de saúde que atuam no SUS na assistência com obesidade infantil na cidade de São Paulo. A composição da população de estudo foi não probabilística, por meio de indicação em bola de neve, de forma que contemplasse uma diversidade referente às diferentes formações dos profissionais de saúde (como médicos, enfermeiros, nutricionistas, educador físico), bem como à atuação em diferentes níveis de Atenção (primária, secundária e terciária). Na composição final da população de estudo foi usado o critério de saturação teórica e percurso analítico foi norteado pela análise de conteúdo temático.
Resultados Participaram 16 profissionais (médico, ed. físico, enfermeiro, nutricionista e psicólogo), sendo 5 da atenção primária, 4 da secundária e 6 da terciária e 1 gestor. Predominou a execução das atribuições com base no que desenvolvem em suas práticas diárias, respeitando suas competências técnicas. A maioria não soube dizer quais são as atribuições e competências de sua especialidade acerca do manejo da obesidade infantil fora do nível de atenção em que trabalham, nem souberam salientar as especificidades de cada serviço, as diferenças ou semelhanças entre as condutas e ações nos 3 níveis de atenção à saúde. A maioria não segue um protocolo ou linha de cuidado em obesidade infantil.
Conclusões/Considerações No tocante à obesidade infantil, a lógica da linha de cuidado propõe estabelecer fluxo de ações de prevenção e tratamento com estratificação de risco da população e atribuições/competências dos profissionais de saúde e serviços conforme nível de complexidade. Porém, este estudo revela que há uma grande distância entre o preconizado e a prática, o que pode gerar baixa efetividade, duplicidade de ações, carência de assistência mais singularizada.
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