27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO1g - Obesidade |
23183 - VALORES DE REFERÊNCIA DO ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL E ASSOCIAÇÃO COM RISCO CORONARIANO EM PARTICIPANTES DO ELSA-BRASIL ROGÉRIO TOSTA DE ALMEIDA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, SHEILA Mª ALVIM DE MATOS - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA, ESTELA Mª LEÃO AQUINO - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA
Apresentação/Introdução O Índice de Adiposidade Corporal (IAC) foi proposto em 2011 como melhor indicador de adiposidade corporal do que o Índice de Massa Corporal em adultos norte-americanos. A força e magnitude das associações do IAC com exposições à saúde têm variado dependendo do desfecho, do desenho de estudo, da população investigada e dos pontos de corte utilizados.
Objetivos Testar a associação e propor valores intervalares do IAC para rastreamento de Risco Coronariano Elevado (RCE) e Risco Coronariano Muito Elevado (RCME) em participantes na linha de base do ELSA-Brasil.
Metodologia Foram examinados 14.673 participantes (54,5% mulheres, sendo 43,0% entre 35-59 anos e 11,5% entre 60-74 anos). A distribuição quintílica do IAC (IAC= [(Circunferência do quadril)/((altura) x 1,5)-18)]) foi analisada, conforme sexo e faixa etária. Considerou-se, Escore de Risco de Framingham (ERF) ≥10% RCE e, ERF ≥20% RCME. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para testar associações brutas e ajustadas. Avaliou-se ajuste e seleção dos modelos por meio da análise de resíduos de Pearson e critério de AIC.
Resultados Valores do 5º quintil do IAC estiveram associados com RCME em homens (RP=2,23;IC95%:1,57–3,16 e RP=1,37;IC95%:1,14–1,65) e em mulheres (RP=8,30;IC95%:2,01–34,27 e RP=2,83;IC95%:1,45–5,50), nas faixas etárias 35-59 e 60-74 anos, respectivamente. Estes valores permaneceram associados com RCE nesses grupos (máxima RP=2,58;IC95%:1,96–3,40 em mulheres de 35-59 anos). Apesar de menor força e magnitude, valores do 4º quartil do IAC também se associaram com RCE em todos os estratos. Não houve associação entre os demais quartis da distribuição do IAC e risco coronariano, exceto nos homens mais jovens, onde IAC >23 (2º quartil) apresentou maior RCE do que o grupo referência (RP=1,36;IC95%:1,16–1,58).
Conclusões/Considerações Níveis mais elevados do IAC podem estar associados com maior risco de desenvolvimento de doença coronariana futura na população estudada. Desta forma, recomenda-se para rastreamento populacionais de RCME, nas faixas etárias 35-59 e 60-74 anos, valores do IAC >29,0 e >29,5 entre os homens e >37,0 e >38,7 para mulheres. Já para rastreamento de RCE os valores do IAC >26,9 e >27,5 para homens e >33,8 e >35,1 para mulheres nas mesmas faixas etárias.
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