28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO1k - Hipertensão |
22763 - CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO ADICIONAIS EM HIPERTENSOS: EVOLUÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA ESTADUAL DE SAÚDE E NUTRIÇÃO DE PERNAMBUCO NATHÁLIA PAULA DE SOUZA - PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DO INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ/PE, EDUARDA ÂNGELA PESSOA CESSE - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/FIOCRUZ/PE, WAYNER VIEIRA DE SOUZA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/FIOCRUZ/PE, ANNICK FONTBONNE - UMR 204 NUTRIPASS, INSTITUT DE RECHERCHE POUR LE DÉVELOPPEMENT IRD / UM / SUPAGRO, MONTPELLIER, FRANCE., MARIA NELLY S. DE CARVALHO BARRETO - PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DO INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ/PE, MARIA ANDRESSA GOMES BARBOSA - PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DO INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ/PE, JULIANA SOUZA OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO/CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA -UFPE/CAV, VANESSA SÁ LEAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO/CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA -UFPE/CAV, MALAQUIAS BATISTA FILHO - INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA, IMIP/PE, PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PENAMBUCO (UFPE)
Apresentação/Introdução A pressão arterial sistólica foi o fator de risco de maior carga para perdas de anos ajustados por incapacidade, em 2015, ultrapassando o hábito de fumar e a obesidade, segundo dados do Global Burden of Disease. Por outro lado, observa-se tendência de diminuição da mortalidade por doenças cerebrovasculares no Brasil, na qual o adequado controle dos hipertensos apresenta grande impacto.
Objetivos Avaliar a evolução do controle da pressão arterial (PA) e fatores de risco (FR) adicionais em adultos hipertensos do estado de Pernambuco entre 2006 e 2016.
Metodologia Estudo de corte transversal utilizando dados das Pesquisas Estaduais de Saúde e Nutrição, 2006 e 2016. Foram realizadas amostras aleatórias de domicílios, de áreas urbanas e rurais, cujo público alvo foi adulto a partir de 20 anos de idade. A população geral destas pesquisas foi composta por 1718 indivíduos em 2006 e 1195 em 2016, sendo selecionados 386 e 291 hipertensos autorreferidos dos respectivos estudos, com dados completos de PA, bioquímicos e antropométricos. O risco cardiovascular foi avaliado conforme a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão. O software estatístico SPSS (versão 19) foi utilizado para análise dos dados.
Resultados Entre 2006 e 2016, a população urbana passou de 52,8% para 72,5%, a proporção de idosos aumentou de 8,2% para 13,9%, os indivíduos com menos de oito anos de escolaridade reduziram de 71,9% para 55%, e a prevalência de hipertensão autorreferida passou de 28,9% para 28,6%, considerando a população geral das pesquisas. A medida da PA foi ≥140 ou ≥90 mmHg em 49,5% dos hipertensos em 2006 e 46% em 2016, destes 83,2% em 2006 e 65,7% em 2016 possuíam três ou mais FR adicionais. Houve uma redução de 18,1% na presença de três ou mais FR adicionais, que passou de 76,2% para 58,1%.
Conclusões/Considerações No período, observou-se melhora no controle da PA e na redução dos FR adicionais, apesar da transição epidemiológica e consequências da urbanização no Estado. Ainda assim, quase metade dos hipertensos apresentou dificuldade de controle pressórico. Esses achados ratificam a importância da adoção de estratégias que assegurem o acesso e continuidade do cuidado com olhar focado na realidade local.
|

|