Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO1c - Saúde mental

28927 - ATIVIDADE FÍSICA É ASSOCIADA À MENOR CHANCE DE DEMÊNCIA EM IDOSOS DE FLORIANÓPOLIS - SC: ESTUDO EPIFLORIPA IDOSO
THAMARA HUBLER FIGUEIRÓ - UFSC, LARISSA PRUNER MARQUES - UFSC, ELEONORA D’ORSI - UFSC, SUSANA CARARO CONFORTIN - UFSC


Apresentação/Introdução
O número de casos de demência vem aumentando nos últimos anos entre os idosos, sendo que esta doença tem sido fonte de preocupação uma vez que contribui com o aumento da incapacidade e mortalidade entre esta população. Assim, identificar fatores modificáveis que contribuam para evitar ou até mesmo postergar o avanço da doença são importantes para saúde pública.


Objetivos
Investigar a associação entre demência e atividade física de lazer em idosos de Florianópolis-SC.


Metodologia
Estudo transversal, de base populacional, realizado com 1.178 idosos (≥60 anos) em 2013/2014. A demência foi considerada como a simultaneidade de comprometimento cognitivo no Miniexame do Estado Mental e a incapacidade funcional moderada/grave nas atividades de vida diária. A variável independente foi a prática de atividade física, classificada como fisicamente ativo (≥150 minutos de atividade física no lazer) e insuficientemente ativo. Utilizou-se regressão logística bruta e ajustada por sexo, idade, escolaridade, renda, tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas e escala geriátrica de depressão.


Resultados
A prevalência estimada de demência foi de 24,7%. Após ajustes para sexo, idade, escolaridade, renda, tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas e escala geriátrica de depressão, a demência foi associada a atividade física de lazer, sendo que os idosos ativos fisicamente apresentaram 70,0% (OR: 0,30; IC95%: 0,16-0,59) menor chance de ter demência.


Conclusões/Considerações
Idosos ativos fisicamente apresentam menores chances de ter demência. A prática pode atuar no aumento dos níveis de fatores neurotróficos cerebrais que estimulam a sinaptogênese e a neurogênese, assim melhoram a resistência as agressões cerebrais e o desempenho mental. Apesar da investigação não diferenciar o perfil das atividades físicas evidenciou-se o benefício, e reforça-se a importância ao envelhecimento ativo e saudável.

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