28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO1j - Situação do câncer no Brasil |
26282 - ASSOCIAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE VITAMINA D E TESTOSTERONA EM HOMENS AVALIADOS EM PROGRAMA DE DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE PRÓSTATA MONIQUE TONANI NOVAES - UEFS, ANNA PALOMA MARTINS ROCHA RIBEIRO - UEFS, ALESSANDRA RABELO GONÇALVES FERNANDES - UEFS, CARINA OLIVEIRA SILVA GUIMARÃES - UEFS, MICHELE DOS SANTOS LIMA - UEFS, LEOPOLDO PIRES DA SILVA NETTO - UEFS, BRENO BATISTA DE OLIVEIRA - UEFS, ALANA DE MEDEIROS NELLI - UEFS, CAROLINE SANTOS SILVA - UEFS, JOSÉ DE BESSA JUNIOR - UEFS
Apresentação/Introdução Estudos sugerem uma interação entre o metabolismo da vitamina D (VD) e da testosterona (T) e o impacto de VD no perfil metabólico de homens hipogonádicos. Também a terapia com VD pode aumentar os níveis de T em homens obesos. Homens com uma deficiência combinada de VD e T possuem maior risco de mortalidade, sugerindo que estas deficiências isoladas ou associadas sejam marcadores de boa saúde.
Objetivos O objetivo deste estudo foi investigar a associação de VD e T em uma coorte de homens de meia idade.
Metodologia 1538 homens de 40 a 75 anos consecutivamente foram avaliados em um programa de triagem de câncer de próstata de 2014 a 2017. Definiu-se deficiência de testosterona (DT) como valores séricos de T total <300ng/ml e níveis séricos de Vitamina D anormais quando menores do que <30ng/ml. Foi avaliado hipertensão, circunferência abdominal (CA), glicemia e perfil lipídico sérico (HDL e triglicerídeos), sendo considerada síndrome metabólica (MetS) a presença de 3 ou mais fatores O perfil demográfico e comorbidades também foram analisados. Análise univariada e regressão logística foi utilizada na avaliação das associações, considerando as variáveis idade, VD <30ng/dl e MetS como potenciais preditores.
Resultados A idade média foi de 56,8 ± 8,6 anos. A prevalência de deficiência de VD foi de 32,7% [30-35,1%] IC95% e a de DT foi 22,0% [20-24,1%] IC95%. Na análise univariada, a deficiência de VD (OR = 1,8 [1,4-2,3] IC95%, p <0,0001) e a presença de síndrome metabólica (OR = 4,1 [3.1-5,3] IC95%), P<0,0001) associaram-se a TD. A idade não diferiu entre os dois grupos. Na análise multivariada, ambos os fatores se mantiveram associados ao DT (VD = OR 1,6[1,2-2,1] IC95%, Síndrome metabólica 3,9[3.0-5,1] IC95%, p <0,001). Complementarmente, quando analisados como dados contínuos os valores séricos totais de T correlacionaram-se positivamente com os valores séricos de VD (r = 0,098, p< 0,001).
Conclusões/Considerações Existe uma associação significativa entre níveis baixos de VD e TD, que independe da presença de Síndrome Metabólica. Pacientes com deficiência de VD correm maior risco de deficiência de Testosterona. MetS, mas não idade, é um preditor de TD. Estudos do tipo coorte poderão confirmar possíveis causalidades e ensaios clínicos fazem-se necessários para avaliar o impacto da suplementação da vitamina D sobre a testosterona.
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