Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO4a - Aspectos teórico conceituais e metodológicos da saúde coletiva - comunicações orais - I 

22292 - MORTES EVITÁVEIS NA INFÂNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL
ROSANE APARECIDA MONTEIRO - USP, RAFAELA MAGALHÃES FERNANDES SALTARELLI - UFV, ROGÉRIO RUSCITTO DO PRADO - USP, ÍSIS ELOAH MACHADO - UFMG, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG

Apresentação/Introdução
Mortes evitáveis são aquelas mortes que poderiam ter sido evitadas (em sua totalidade ou em parte) pela presença de serviços de saúde efetivos. Assim, um indicador que considere o conceito de morte evitável é ferramenta sensível e útil na avaliação de sistemas de saúde.


Objetivos
Analisar a tendência da mortalidade de crianças menores de 5 anos, residentes na região Sudeste e Unidades Federadas, utilizando-se a “Lista Brasileira de Mortes Evitáveis”.


Metodologia
Estudo ecológico de séries temporais da taxa de mortalidade por causas evitáveis e não evitáveis, com correções para causas mal definidas e sub-registro de óbitos informados, no período de 2000 a 2013.


Resultados
Houve declínio da taxa de mortalidade na infância por causas evitáveis (4,4% ao ano) e não evitáveis (1,9% ao ano) na região Sudeste e nas Unidades Federadas, exceto para aquelas reduzíveis por imunoprevenção, que se mantiveram estáveis no período. O estudo chama atenção à menor redução das causas de óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação (1,7%), com aumento das taxas de mortalidade por afecções maternas que afetam o feto e o recém-nascido e a estabilidade nos transtornos relacionados com gestação de curta duração e peso baixo ao nascer. Minas Gerais apresentou o maior percentual de redução anual dos óbitos por causas evitáveis (5,5%), comparado às demais Unidades Federadas.


Conclusões/Considerações
O declínio da mortalidade na infância já era esperado nessa última década, considerando a evolução da resposta dos sistemas de saúde, além das melhorias nas condições de saúde e determinantes sociais. No entanto, a taxa ainda é alta quando comparada a outros países, o que indica que ainda há muito a se avançar.

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