29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC17c - Informação e Tecnologia da Informação em Saúde (ITIS): tópicos de atenção básica |
26326 - A CONTRIBUIÇÃO DOS FLUXOS INSTITUCIONAIS DE COMUNICAÇÃO NO NÍVEL DE COORDENAÇÃO DO CUIDADO.
MIRIAM FRANCISCO DE SOUZA - UFMG, ALANEIR DE FÁTIMA DOS SANTOS - UFMG, MARIÂNGELA LEAL CHERCHIGLIA - UFMG
Apresentação/Introdução
As mudanças no perfil epidemiológico e demográfico da população exigem cuidados e serviços mais complexos e coordenados entre os vários profissionais e pontos de atenção. Neste contexto, um dos elementos essenciais é a estrutura adequada com instalação de tecnologias de informação e mecanismos para melhoria da comunicação. O compartilhamento da informação traz maior coerência ao cuidado prestado.
Objetivos
Descrever a contribuição dos fluxos institucionais de comunicação no nível de coordenação do cuidado das equipes de atenção básica participantes do PMAQ-AB.
Metodologia
Estudo transversal fundamentado na Teoria de Resposta ao Item (TRI), a partir dos dados do questionário de avaliação externa do PMAQ-AB, em 2012, realizada pelo Ministério da Saúde e instituições de pesquisa e ensino. Participaram do estudo 17202 equipes de atenção básica que aderiram ao PMAQ-AB voluntariamente. Dos 22 itens de coordenação avaliados, o item Fluxo Institucional de Comunicação analisou a existência e o número de fluxos de comunicação instituídos. Utilizou-se o modelo de Resposta Gradual de Samejima para estimação dos parâmetros dos itens e do escore relacionado ao nível de coordenação. O coeficiente de Spearman verificou a correlação entre os itens e com o escore total.
Resultados
Os fluxos de comunicação verificados foram: discussão de casos, reuniões técnicas com especialistas, Telessaúde, Teleconferência, prontuário eletrônico, ficha de referência/contra referência e comunicação eletrônica. Em relação à frequência de respostas, metade das equipes (52,11%) não possuíam fluxos institucionais de comunicação, 39,93% possuíam de 1 a 3 fluxos e apenas 7,96% possuíam acima de 4 fluxos. O item apresentou a maior correlação com o escore total (0,767). A categoria mais alta do item apresentou maior capacidade de discriminação do nível de coordenação e, quando comparada aos outros itens, colocou 50% das equipes em posição mais alta na escala de nível de coordenação.
Conclusões/Considerações
Um maior número de fluxos institucionais de comunicação reflete no posicionamento mais elevado das equipes de atenção básica quanto ao nível de coordenação do cuidado. A disponibilização da informação e a definição de fluxos que facilitem o contato entre os profissionais dos diversos pontos da rede de atenção à saúde são elementos importantes para o cuidado abrangente, contínuo e de qualidade.
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