29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC17c - Informação e Tecnologia da Informação em Saúde (ITIS): tópicos de atenção básica |
21715 - O USO DE TECNOLOGIAS PARA DIMINUIR O ABSENTEÍSMO NAS CONSULTAS DE ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS COM TUBERCULOSE DOENÇA OU INFECÇÃO LATENTE NELIANE DA SILVA BUENO - UFPR, HERBERTO JOSÉ CHONG NETO - UFPR, ANDREA MACIEL DE OLIVEIRA ROSSONI - UFPR
Apresentação/Introdução A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que ainda aponta como uma das maiores causas de mortes, tornando-se um sério problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2016, esta foi uma das 10 principais causas de morte por doença infecciosa em todo o mundo, com a ocorrência de 10,4 milhões de casos novos, e crianças menores de quinze anos, representaram 6,9%. (WHO, 2017).
Objetivos Avaliar a intervenção mais eficaz para diminuir o absenteísmo no acompanhamento ambulatorial das crianças encaminhadas ao ambulatório de referência de tuberculose infantil do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
Metodologia Foi um estudo experimental com coleta de dados prospectiva, a população do estudo foram crianças com idade de 0 a 14 anos, atendidas entre março a outubro de 2017, e desde que o responsável legal ou contato próximo possuísse telefone celular. Foi definido com o responsável quais seriam os números telefônicos para contato e tipo de mensagens que gostariam de receber (SMS ou WhatsApp). A cada consulta de retorno, as crianças foram randomizados para um dos grupos de intervenção.
Grupo 1: enviado mensagem de 24h a 48h que antecederam a consulta, relembrando à mesma.
Grupo 2: ligado de 24h a 48h, antes da consulta, para relembrar a data do atendimento.
Grupo 3: Não foi feito nenhum contato prévio.
Resultados Foram incluídas na pesquisa 64 crianças, com idade média de 4 anos, variando de 0 a 14 anos. Nas intervenções realizadas para relembrar consulta, constatou-se que realizar intervenção faz diferença para a criança comparecer a consulta. Foram realizadas 180 intervenções: contato telefônico 74, compareceram 58 (32,2%), 16 (8,9%) faltaram; enviado mensagem 55, comparecerem 50 (27,8%) e 5 (2,8%) faltaram; e em 51 situações não foi realizado nenhuma intervenção prévia, 33 (18,3%) compareceram e 18 (10,0%) faltaram. Através do Teste Exato de Fischer quando realizado alguma intervenção o valor de p foi 0,005, telefonado e a ligação atendida p foi de 0,054 e quando enviado mensagem p foi 0,001.
Conclusões/Considerações O absenteísmo às consultas foi de 21,1%, e a principal causa foi o esquecimento. Relembrar o responsável pela criança antes da consulta por mensagem de WhatsApp foi a forma mais efetiva para diminuir o absenteísmo. A única característica associada a uma maior probabilidade da criança faltar às consultas foi não residir em Curitiba, conforme análise realizada através do diagrama de caminhos.
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