28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC17b - Informação e Tecnologia da Informação em Saúde (ITIS): cibercultura, indicadores e o território |
27876 - O TRABALHO DE CAMPO EM INQUÉRITO DOMICILIAR SOB A PERSPECTIVA DOS ENTREVISTADORES E SUPERVISORES JOSUÉ LAGUARDIA - ICICT/FIOCRUZ, MARGARITA URDANETA - DSC/FS/UNB, EVERTON LUIS PEREIRA - DSC/FS/UNB, MARIANA SANTOS RODRIGUES - UNB, MARINNA CUNHA CÂMARA QUIXABA SILVA - UNB, HELEN CRISTINA CAMPOS RIBEIRO - UNB
Apresentação/Introdução O interesse no processo de trabalho de campo dos inquéritos domiciliares tem ficado em segundo plano frente aos estudos históricos e sociológicos sobre as instituições produtoras e coordenadoras de estatísticas nacionais ou críticas às estratégias adotadas na seleção amostral, codificações e tabulações utilizadas nas pesquisas quantitativas.
Objetivos Descrever as experiências dos entrevistadores e supervisores de campo a partir dos relatos feitos por esses profissionais nos grupos focais realizados no início e ao final do trabalho de campo de um inquérito de saúde.
Metodologia No intuito de identificar quais os fatores influenciam a interação entre o entrevistador e o respondente, cinco grupos focais foram realizados com entrevistadores e supervisores de campo recrutados para a execução do inquérito. Três grupos foram constituídos no início do inquérito, dois grupos com a participação de sete e nove entrevistadores, respectivamente, e outro com quatro supervisores de campo (o quinto supervisor de campo foi entrevistado). No final da pesquisa foram feitos dois grupos focais com a participação de entrevistadores e supervisores, respectivamente.As discussões nos grupos focais foram gravadas em áudio
Resultados A experiência de entrevistadores e entrevistados em um inquérito de saúde no qual se utilizou um questionário padronizado revelou que a interação entre esses atores poderia ser influenciada por vários fatores internos e externos à entrevista. Os supervisores de campo assinalaram a importância dos entrevistadores em esclarecerem as solicitações dos entrevistados acerca do uso dos dados coletados. A inclusão de informações prévias dos indivíduos a serem entrevistados possibilitaria o delineamento do perfil dos respondentes e estimar o grau de dificuldade de compreensão do entrevistado.
Conclusões/Considerações Os relatos dos grupos focais e o acompanhamento do trabalho de campo dos entrevistadores mostraram que a adesão às perguntas, tal como estão escritas no questionário, não ocorreu. A familiaridade com a organização do questionário, o fato da resposta já ter sido dada em momento anterior da entrevista e a constatação da redundância da pergunta face à simples observação do contexto da entrevista levaram os entrevistadores a reformularem as pergunta ou ignorá-las.
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