28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC17b - Informação e Tecnologia da Informação em Saúde (ITIS): cibercultura, indicadores e o território |
22367 - IMPACTO DA QUALIFICAÇÃO DOS ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, EM 2014. VALÉRIA MARIA DE AZEREDO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, ALOÍSIO SABINO LOPES - 1- SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ANGELA MARIA CASCÃO - 1- SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, FATIMA MARINHO DE SOUZA - 3- SECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Apresentação/Introdução A violência no país tem alta morbimortalidade e predomínio de mortes por homicídio e acidentes de trânsito. Ao Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) cabe divulgar as causas básicas de morte (CBM), após correção e codificação. Desde os anos 90, há grande proporção de causas indeterminadas, sem definição da circunstância da morte violenta, pelos Institutos de Medicina Legal (IML).
Objetivos Técnicos das secretarias de saúde recorrem a bases complementares para melhor qualificar a CBM. Este estudo compara as CBM da declaração de óbito (DO) dos legistas com aquelas após reclassificação, no Estado do Rio de Janeiro, em 2014.
Metodologia Todos os óbitos por causa indeterminada (CID R99) que foram certificados pelo IML e os óbitos de causa externa de intenção indeterminada (CID Y10-Y34) foram investigados. Foi feito compartilhamento dos dados do SIM, dos registros do “Laudo de Perícia Médica” do IML e arquivo da Polícia Civil, visando melhor caracterizar a CBM. As CBM reclassificadas foram alteradas no SIM e o impacto desta reclassificação descrito e analisado.
Resultados Do total de 131.519 óbitos, 25.576 (19,5%) foram óbitos encaminhados ao IML, sendo 11.660 (45,6%) óbitos por causas naturais e 13.916 (54,4%) por causas externas.Após reclassificação,as causas externas de intenção indeterminada caíram de 5836 (22,8%) para 958 (3,7%) dos óbitos encaminhados ao IML. Houve aumento na recuperação de causas externas: acidentes de transporte (93,0%),agressões(71,6%), intervenção legal (744,7%), lesões auto infligidas (112%) e outros acidentes (29,9%).Houve maior proporção de causas indeterminadas entre homens, adultos jovens (20-59 anos) e idosos (70+ anos) e pessoas de cor de pele parda. A reclassificação reduz estas diferenças, à exceção para os idosos.
Conclusões/Considerações Compartilhar dados da saúde e da segurança pública aumentou a relevância dos acidentes de transporte e agressões no perfil de mortalidade do Estado.A maior proporção de causas indeterminadas em homens, jovens e de cor parda é reflexo do perfil geral de mortalidade por causas externas. Apesar do êxito da reclassificação, urge melhor qualificar o médico legista para preenchimento da DO e criar Serviço de Verificação de Óbito para causas naturais.
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