28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO17d - Informação e Tecnologia da Informação em Saúde (ITIS): dimensões da qualidade |
24671 - QUALIDADE DA NOTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES POR ESCORPIÕES NO BRASIL (2007-2014) ANA CAROLINE CALDAS DE ALMEIDA - UFBA, MARIANA BRITO GOMES DE SOUZA - UFBA, FRANCIANA CRISTINA CAVALCANTE NUNES DOS SANTOS - UFBA, REJÂNE MARIA LIRA-DA-SILVA - UFBA, FERNANDO MARTINS CARVALHO - UFBA, YUKARI FIGUEROA MISE - UFBA
Apresentação/Introdução No Brasil, o acidente por escorpião apresenta alta incidência, com letalidade importante em crianças. Usualmente, as pesquisas sobre escorpionismo utilizam dados procedentes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para propor ações voltadas ao prevenção/tratamento deste agravo.
Objetivos Comparar e analisar a completude de dados dos acidentes por escorpiões (escorpionismo) das regiões brasileiras, notificados no SINAN, entre os anos de 2007 e 2014.
Metodologia Pesquisa conduzida com dados individuados do escorpionismo notificados no SINAN, de 2007 a 2014. Foram investigadas variáveis sociodemográficas e relacionadas com o acidente/tratamento. As informações perdidas/ignoradas dessas variáveis foram analisadas considerando o total de notificações por ano e regiões: Nordeste (NE), Norte (N), Sudeste (SE), Centro Oeste (CO) e Sul (S). A qualidade dos dados foi categorizada com base no escore de Romero & Cunha (2006). Em seguida, foi estimada a Variação Proporcional de Preenchimento (VPP) do período, por região. As referidas etapas foram processadas no IBM SPSS 22 e Excel 2013. Aspectos éticos da resolução 466/2012 foram respeitados.
Resultados Ocorreram 475.051 casos de escorpionismo no Brasil de 2007 a 2014. Conforme escore escolhido, a maioria das variáveis apresentou preenchimento Excelente (<5% perda). Ocupação, Escolaridade, Raça e Acidente de Trabalho foram as únicas classificadas como Ruim (<20-50% perda) ou Muito Ruim (>50% perda) para diferentes regiões. Houve piora no preenchimento das seguintes variáveis considerando o VPP: Escolaridade (SE:-1,1%/S:-21,3%/CO:-40,8%/N:-57,7%), indicadora de baixo perfil socioeconômico; Idade (NE:-2,0%/SE:-176,9%) e Tempo para Atendimento (CO:-10,1%/N:-16,8%/S:- 27,6%), considerados fatores prognóstico de gravidade; e Evolução (NE:-86,5%/CO:-52,3%), variável que registra sequela/óbito.
Conclusões/Considerações Os dados de escorpionismo do SINAN apresentaram qualidade aceitável para maioria das variáveis investigadas, no Brasil, de 2007 a 2014. Informações sociodemográficas e ocupacionais foram pior avaliadas. Identificação de nexos ocupacionais, formulação de medidas de prevenção e tratamento, além da identificação de populações vulneráveis podem ser comprometidas pela menor completude dos dados.
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