27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC24a - Dona Ivone Lara - Formação e Políticas de Saúde no campo das relações raciais |
22669 - A PRESENÇA DO NEGRO NA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE PEDRO GOMES ALMEIDA DE SOUZA - UFF, NÍNIVE DOS SANTOS - UFF, ANA BEATRIZ DE SOUSA SILVA - UFF, LUANA THAMIRES ROCHA DOS SANTOS - UFF, REGINA FERNANDES FLAUZINO - UFF, ALUISIO GOMES DA SILVA JUNIOR - UFF
Período de Realização Fevereiro de 2017 até Dezembro de 2017
Objeto da Experiência Promover debates e ações que levantem dificuldades, barreiras e potencialidades do
sistema de cotas no imaginário de jovens em idade pré-vestibular.
Objetivos Construir debate longitudinal entre estudantes da saúde e juventude em idade pré-
vestibular, com a finalidade de abordar dificuldades, barreiras e potencialidades do
sistema de cotas no imaginário destes.
Estimular o acesso da juventude negra à universidade e principalmente aos cursos da
área saúde.
Metodologia Realizado como atividade do projeto África em Nós, organização coletiva que atua
levando oficinas em escolas de ensino fundamental e médio com o propósito de
discutir racismo e representatividade. Nossa atividade consistiu, em primeiro
momento, na discussão dos dois temas através do debate do filme ANAMNESE
(2016) que mostra a realidade de jovens negros estudantes de medicina. No segundo
momento a oficina se propôs a apresentar as cotas, discutir as fraudes e trazer o
passo-a- passo da inscrição.
Resultados A oficina foi realizada com estudantes de ensino fundamental, médio e da Educação
de Jovens e Adultos. A opinião contrária às cotas observada no meio universitário não
foi observada nas escolas públicas, tendo em vista o desconhecimento geral das
políticas de ações afirmativas. Os estudantes afirmavam inicialmente não almejar a
universidade, mas por fim revelavam ter tal interesse. A maior parte dos cursos
almejados era na área da saúde. Uma cartilha sobre cotas foi construída e distribuída.
Análise Crítica Quando o objeto de trabalho da extensão passa por assuntos tão difíceis de serem
trabalhados dentro da sociedade brasileira, como o racismo, torna-se muito complexo
o processo de realização. Muitos dos profissionais buscados nas escolas aparentaram
certo afastamento quanto ao tema por julgarem-se carentes de ferramentas para tal ou
até mesmo pela falta de tempo dentro da instituição, mesmo que a própria e os
próprios profissionais simpatizassem com a proposta.
Conclusões e/ou Recomendações A inserção da juventude negra e periférica nos serviços de saúde como profissionais
conscientes de seu papel é um passo importante para o combate ao Racismo
Institucional na Saúde, seja pelo seu papel de representatividade, seja pela
potencialidade que a empatia traz para o cuidado. Nosso exemplo e o conhecimento
dos direitos adquiridos mostraram ser uma forma efetiva de mobilizar os sonhos dessa
juventude para horizontes nunca imaginados antes.
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