Comunicações Orais

28/07/2018 - 14:30 - 16:00
CO24c - Fátima de Oliveira: quesito cor e o perfil da morbi-mortalidade da população negra

28324 - COMPLETITUDE DOS REGISTROS DAS DOENÇAS E AGRAVOS MAIS PREVALENTES NA POPULAÇÃO NEGRA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE, 1996-2017
IONARA MAGALHÃES DE SOUZA - UFRB, EDNA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, CARLOS ALBERTO LIMA DA SILVA - UEFS, JOSÉ LUCAS ANDRADE SANTOS - UFRB, BARTOLOMEU CONCEIÇÃO BASTOS NETO - FAMAM


Apresentação/Introdução
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) marca, juridicamente, o reconhecimento do racismo como determinante social da saúde e prevê a inclusão do campo cor/raça, o registro das doenças e agravos de maior prevalência nesse segmento populacional e o aprimoramento da qualidade dos dados dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) como forma de assegurar a equidade em saúde.


Objetivos
Avaliar a completitude do campo cor/raça no registro das doenças e agravos mais prevalentes na população negra brasileira no período de 1996 a 2017.


Metodologia
Estudo descritivo, no qual foram utilizados como unidade de análise os dados secundários disponibilizados nos sistemas de informação em saúde, do sítio do Departamento de Informática do SUS; considerado o elenco de doenças e agravos reportados pela PNSIPN; calculadas as proporções de preenchimento do campo cor/raça no período disponibilizado em cada sistema e utilizado o escore adotado por Romero e Cunha, cujos campos são classificados como: excelente - ≥ 5%; bom - 5 a 10%; regular - 10 a 20%; ruim - 20 a 50%; muito ruim - 50 e mais. As análises foram realizadas no programa estatístico STATA, versão 13.


Resultados
I) Das doenças e agravos geneticamente determinados: transtornos falciformes foram observados 15,3% (regular) de dados ignorados; II) das doenças adquiridas em condições desfavoráveis – desnutrição (30,6%), anemia ferropriva (32,5%), DST/HIV/aids 54,3% (muito ruim), mortalidade por causas externas 14% (regular), mortalidade infantil 30%(ruim), tuberculose 0,93% (excelente), transtornos mentais 25% (ruim); e III) doenças de evolução agravada ou tratamento dificultado: coronariopatias 28,7% (ruim), insuficiência renal crônica 29% (ruim), câncer: exame Citopatológico Cérvico-Vaginal e Microflora 89% (muito ruim), Exame Histopatológico MAMA 67% (muito ruim).


Conclusões/Considerações
A incompletitude de dados sobre cor/raça nos SIS fragiliza o monitoramento das condições de saúde da população negra. Do elenco de morbimortalidades analisadas, excetuando-se os dados sobre tuberculose a maioria dos registros foi classificada como ruim ou muito ruim. Conclui-se que o registro do campo cor/raça nos SIS no Brasil não obedece ao disposto na PNSIPN que preconiza a qualidade dos dados e incorporação do campo cor/raça em todos os SIS.

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