Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC3f - Ambiente e Saúde 6

23976 - SOROTERAPIA NO ENVENENAMENTO POR SERPENTES, NO BRASIL (2007-2015)
LARA BOKER - UFBA, YUKARI FIGUEROA MISE - UFBA, REJANE MARIA LIRA DA SILVA - UFBA


Apresentação/Introdução
O envenenamento por serpentes é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como um agravo tropical negligenciado. No Brasil, o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS, mas são escassos os estudos que investiguem esse agravo sob a perspectiva do tratamento, essencial para a gestão dos serviços de saúde.


Objetivos
Estudar o uso da soroterapia específica antiveneno no tratamento do envenenamento por serpentes (2007-2015) e sua relação com a evolução clínica nas Regiões do Brasil.


Metodologia
Trata-se de um estudo transversal seriado dos Acidentes por Serpentes no Brasil (2007-2015) notificados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). A adequação do tipo de soro por agente etiológico foi estimada a partir das variáveis: tipo de serpente e soro aplicado, compondo a variável Tratamento (certo, certo+errado, errado e sem soro). A quantidade de ampolas foi classificada considerando o número de aplicações e o estadiamento (leve, moderado e grave) conforme indicação do Ministério da Saúde. A partir dessas avaliações, fez-se a progressão do erro por ano e por região, utilizando o IBM SPSS e Excel.


Resultados
Em relação ao tipo de soro x serpente, houve média de 92% de acerto, variando de 6% (SABC) a 97% (SABO). Quanto a ampolas x serpente/gravidade, foram desperdiçadas 9.509.044 ampolas, correspondendo a 90,1% do total de ampolas utilizadas. Nos pacientes picados por coral, o uso insuficiente de SAEL aumentou 43,1% e o uso desse soro foi incorreto em 94% das vezes. A utilização insuficiente do SACR/SABC cresceu 57% e está associado ao aumento de 77% na letalidade quando comparado a pacientes com soro certo. Houve uso de soro para 156 óbitos cuja serpente foi dita não especificada/não peçonhenta. O Nordeste, região em que mais se tomou soro em excesso, apresentou a maior letalidade (0,8%).


Conclusões/Considerações
O uso incorreto de soro antiofídico evidencia a negligência no tratamento dos acidentes com serpentes, gerando desperdício desses insumos – que envolve desde a extração do veneno, manutenção de haras, armazenamento, acondicionamento etc. É urgente a discussão sobre a política de produção de soro e treinamento das equipes de saúde, evitando óbitos, sequelas, além uma dimensão que não pode ser esquecida: o sofrimento dos pacientes.

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