28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC3d - Ambiente e Saúde 5 |
25722 - ÓBITOS FETAIS EM MUNICÍPIOS COM MONOCULTURA DE SOJA E ALGODÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO (MT), 2004 À 2015 FLAVIANA DAS DORES BARROS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO, HELENA FERRAZ BÜHLER - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO, ANA BEATRIZ NICOLINI - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO, PAULA FERNANDA ALBONETTE DE NÓBREGA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO, FABIANE VERÔNICA DA SILVA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
Apresentação/Introdução Os óbitos fetais são considerados como morte precoce e evitável. Decorre da combinação de fatores sociais, culturais, biológicos e recentemente as condições ambientais inseguras. Entre as condições ambientais, a Organização Pan Americana de Saúde determina que o óbito fetal, pode ser desencadeado pela exposição crônica aos agrotóxicos.
Objetivos Descrever a relação entre o indicador epidemiológico de óbitos fetais nos municípios com monocultura de soja em grãos e algodão herbáceo no estado de Mato Grosso (MT) no período de 2004 à 2015.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo de caráter ecológico. O objeto de pesquisa são os municípios de MT com plantações de soja e algodão, os dados das monoculturas foram extraídos da Produção Agrícola Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cuja variável foi área plantada, destinada à colheita, em hectare. Para a construção do indicador de saúde foi utilizado o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, onde foram extraídos dados óbitos fetais (Sistema de Informação de Mortalidade) e Nascidos Vivos (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos). Os dados foram analisados pela estatística descritiva, entre elas os quartis de distribuição da variável área plantada.
Resultados O estudo demonstrou que 20% dos municípios de MT plantaram soja e algodão concomitantemente no período de 2004 à 2015. O município de Sorriso obteve a maior média de área plantada no período. Observou-se que 50% dos municípios não apresentaram durante o período estudado, o registro de óbito fetal. Os quartis demonstraram que os municípios com maiores médias de área plantada, inseridos no quartil 4, são os mesmos municípios que apresentaram em vários períodos da amostra taxas maiores que 10 óbitos fetais a cada 1.000 nascido vivos, limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, entretanto não foram observadas relações significativas entre o uso de agrotóxico e os óbitos fetais.
Conclusões/Considerações Recomenda-se aos Comitês de vigilância da mortalidade infantil a observação sistemática do não registro do óbito fetal bem como a causa do mesmo, com ênfase à vigilância do desenvolvimento econômico e as questões ambientais por meio de parcerias com outros setores.
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