Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC3b - Ambiente e Saúde 4

27038 - OS EFEITOS DOS PARQUES ESTADUAIS VERDE GRANDE E MATA SECA SOBRE O BEM ESTAR DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS VAZANTEIRAS DE PAU PRETO E PAU DE LÉGUA - MG
FELISA CANÇADO ANAYA - UNIMONTES-MG, HANNA BEATRIZ BACELAR TIBÃES - ISEIB E PROMINAS

Apresentação/Introdução
Os efeitos dos parques compensatórios sobre o Bem Estar dos vazanteiros de Pau Preto e Pau de Légua intensificaram a vulnerabilidade social, alimentar e de saúde destes grupos. A torção desta categoria a insere como parte de um processo de ação coletiva na busca pela manutenção de seus modos de vida, de suas diferenças culturais e reafirmação identitária, objetivadas no Vazanteiros em Movimento.


Objetivos
analisar os efeitos da criação do sistema de unidades de conservação integral sobre o modo de vida e o bem estar das comunidades tradicionais vazanteiras de Pau Preto e Pau de Légua.



Metodologia
Levantamento de material bibliográfico e documental, trabalho de campo e aplicação de questionários com objetivo de caracterização socioeconômica, cultural e de saúde em um universo de 49 famílias. Foram entrevistadas as lideranças que compõem os Vazanteiros em Movimento em eventos etnografados do movimento social. Para análise do material coletado, foi realizada a análise de conteúdo das entrevistas e análise estátistica dos dados quantitativos por meio do programa Statistica 7.


Resultados
quanto a auto-identificação da comunidade de Pau Preto, 90% se considera vazanteira e 16% vazanteira e pescadora; em Pau de Légua 60% são vazanteiros e 40% vazanteiros e pescadores. Em Pau de Légua 83% plantam vazante na área de 1ha e em Pau Preto 51% na área de 1 a 2 ha. Em relação a posse da terra, 100% estão na condição de posseiros em Pau Preto enquanto Pau de Légua 98%. O percentual de migração em Pau de Légua é de 64% enquanto em Pau Preto 55%. 92% de forma definitiva em Pau Preto e em Pau de Légua 57%. Em Pau Preto e Pau de Légua 100% não tem rede de esgoto, 57% possui doença crônica em Pau Preto e 42% em Pau de Légua.


Conclusões/Considerações
A criação dos parques intensificou a vulnerabilidade social dos grupos resultando na insegurança alimentar, a falta de acesso à saúde, educação e lazer. A migração de jovens para as periferias de outras cidades foi a principal consequência. A resistência dos que ficaram neste contexto de injustiça ambiental, foi a busca do Bem Estar através da ação coletiva nos Vazanteiros em Movimento.

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