27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO3f - Desastres, saúde e ambiente |
24088 - DESASTRE DE MARIANA, MG E A DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS: A INVISIBILIDADE DOS ATINGIDOS EM REGISTRO ROBERTA GUIO DE AZEVEDO - IESC, LUCIENE DA SILVA VIANA - UFES, ADAUTO EMMERICH OLIVEIRA - UFES
Período de Realização De 17.11.2015 a 06.11.2016; Chegada do rejeito ao ES rumo a foz do Rio Doce até um ano do desastre.
Objeto da Experiência A maior tragédia ambiental da história do país e a violação dos direitos humanos pós desastre; casos de exclusão, abandono social e de transformações.
Objetivos Apresentar os principais problemas e desafios referentes ao desastre provocado pelo rompimento da barragem de rejeito de minério de ferro da Samarco ocorrido em 05.11.2015. Estruturar um paralelo entre o Desastre de Mariana, MG e a violação da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.
Metodologia Estudo avaliativo de Terceira Geração, do tipo exploratório descritivo com abordagem qualitativa e documental com analise de matérias do jornal capixaba “A Gazeta” referente ao desastre de Mariana, MG, veiculadas entre 06.11.2015 a 05.11.2016; registro fotográfico in loco, pesquisa em fontes secundárias de arquivos públicos e sites oficiais relacionadas a acidentes ambientais, Bioética, Saúde coletiva (relação entre meio ambiente e saúde) e Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.
Resultados O desastre acabou com os laços culturais e de subsistência com o rio Doce; um desrespeito à dignidade humana, aos direitos humanos e as liberdades fundamentais, além dos danos morais e materiais, a população ficou refém de promessas, com relatos desoladores, subjugada por uma riqueza apenas imaginável, não tangível. O desastre socioambiental provocado pelo rompimento da barragem impactou a saúde de milhares de pessoas ao longo de toda a bacia do Rio Doce com efeitos a curto, médio e longo prazo
Análise Crítica Tragédias como as ocorridas nas barragens de rejeitos são anunciadas, Mariana não é um caso isolado, foi o maior desastre provocado pelo homem no setor de mineração em nosso país, compõe uma ocorrência cíclica, populações atingidas acabam expulsas de suas terras em prol ao modelo da megamineração. A pobreza destas regiões e sua dependência da Industria de Extração Mineral se retroalimentam e asseguram a sobrevivência de ambas, vindo à tona a situação de vulnerabilidade a que estão submetidas
Conclusões e/ou Recomendações Bento Rodrigues e mais 38 cidades e suas populações perderam parte da sua identidade diante de uma situação recorrente, impactos irreversíveis e total ausência de planejamentos de políticas de saúde em relação a catástrofes ambientais. Falta uma interface com a saúde das comunidades do entorno objetivando o respeito à dignidade e direitos humanos, aos valores fundamentais da ética e aos compromissos da igualdade de direitos, liberdade e justiça
|