Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO3a - Saneamento, Saúde e Ambiente 1

28872 - OS SENTIDOS DAS ÁGUAS DO SÃO FRANCISCO: A TRANSPOSIÇÃO E SUAS VIOLAÇÕES
ANDRÉ MONTEIRO COSTA - IAM/FIOCRUZ, GLACIENE MARY DA SILVA GONÇALVES - IAM/FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
As águas minguantes do São Francisco, mortas, domadas em canais e nenhum acesso formal pela população sertaneja, dez anos após iniciadas as obras. Águas vivas que deveriam vincular, capturadas, de negócio de fazendeiros. Águas que faltam na foz, salgam o baixo rio. Os diversos sentidos da água para os sertanejos que não creem, pois sempre a viram capturadas.


Objetivos
Identificar os sentidos, usos e acesso das águas do São Francisco e as águas transpostas em um contexto de escassez hídrica e conflitos socioambientais no Nordeste setentrional.


Metodologia
A reprodução social orienta o olhar sobre o acesso às águas da transposição, em abordagem qualitativa. A área é o conjunto de 14 municípios ao longo do canal do eixo leste e os que estão ao longo do rio paraíba, de Monteiro ao Açude do Boqueirão. O período de coleta dos dados, outubro/2017. As categorias centrais foram as dimensões da reprodução social, acesso e uma tipologia de sentidos e usos das águas a partir da literatura, dos símbolos, reflexões na pesquisa e da arte, notadamente, ‘As 7 Águas’, de Pina Bausch. A análise crítica do discurso foi a utilizada.


Resultados
As águas seminais, ritualísticas e que vinculam, cederam lugar à água recurso hídrico. As águas tensas do São Francisco. Ao longo do eixo leste nenhum acesso formal à água pela população difusa ou de comunidades próximas. E não há obras para este acesso, dez anos depois. Mas as águas mortas e domadas no canal é acessada, para irrigar maconha e grandes propriedades não previstas neste trecho. Empresários invadiram terra indígena e de posseiros. Caminhões pipas e uma profusão de toda sorte de transporte de água seguem como se não houvera canal. Os pequenos negócios da água. As águas do grande negócio ainda aguardam os perímetros irrigados para serem águas exportadas enquanto frutas.


Conclusões/Considerações
Indígenas e camponeses, dez anos após o início das obras e um ano com águas nos canais seguem resignados, vendo-as passar. Nem as de beber, nem de irrigar. O recurso hídrico, o bem, o negócio da água. Águas que já irrigam maconha e as contaminadas no Açude Boqueirão que seguem para as torneiras de Campina Grande. As águas que aguardam ser exportadas enquanto melões, mangas, camarões. Um projeto vendido como tal, mas que não era para eles.

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