Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC32f - Violências contra crianças e adolescentes

27439 - VULNERABILIDADE SOCIAL E VIOLÊNCIA NA BIOECOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE
PATRÍCIA CARVALHO DE OLIVEIRA - IFG, MÁRCIA MARIA DE SOUZA - UFG, MARCELO MEDEIROS - UFG

Apresentação/Introdução
A adolescência configura-se um fenômeno transitório, biológico, psicológico e social. Como aceito nos pressupostos da Bioecologia do Desenvolvimento Humano, reconhece-se que a personalidade e o comportamento são influenciados pelos contextos de vida, e algumas dessas influências sociais os vulnerabilizam e comprometem a inclusão e o desenvolvimento, com evidência a violência e as drogas.


Objetivos
O presente estudo objetivou compreender a vulnerabilidade social e o fenômeno da violência vivenciada por adolescentes escolares da Região Metropolitana de Goiânia.


Metodologia
Pesquisa qualitativa baseada na Teoria Fundamentada em Dados (TFD) de abordagem construtivista. O estudo foi desenvolvido em um Centro de Referência em Assistência Social da Região Metropolitana de Goiânia. Em 10 grupos focais, entre os meses de agosto e dezembro de 2015, participaram 20 adolescentes, entre 13 e 18 anos, 15 do sexo masculino e 05 do sexo feminino. Os dados foram registrados, transcritos e analisados conforme a TFD. A pesquisa foi aprovada pelo CEP HC/UFG: 432.008, insere-se no Núcleo de Estudos Qualitativos em Saúde e Enfermagem.


Resultados
Da análise emergiu a categoria temática “a violência inerente aos ambientes ecológicos do desenvolvimento” que, de um modo geral demonstra que a violência esteve presente na família, na escola e na comunidade, fortemente interligada ao fenômeno das drogas, formando um complexo sistema de causa e consequência. A violência simbólica foi observada nas relações entre os adolescentes e as políticas de segurança pública, econômicas e sociais, bem como que vivenciaram a violência no microssistema familiar.


Conclusões/Considerações
A violência observada foi fruto do enfraquecimento das relações entre a família e escola, e da fragilidade na garantia de direitos, o que gerou relações opressivas. A opressão, dentro da Bioecologia do Desenvolvimento Humano comprometem a estabilidade do desenvolvimento. Assim, com a estrutura social fragilizada os adolescentes não encontraram a estabilidade necessária para a superação e tiveram a vulnerabilidade social agravada.

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